Infelizmente, a pandemia da COVID-19, mesmo que as autoridades queiram, não pode ser finalizada exclusivamente por meio da edição de um decreto oficial. O vírus que se espalhou pelo mundo, não é apenas um drama a abalar a saúde, mas também a fé, a crença e a economia das pessoas de todos os continentes. O assunto é tão sério que nem mesmo a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem condições de garantir quando será possível nos livrarmos do coronavírus, uma vez que se registrou o seu retorno na Ásia.
Para além dessa situação, temos ainda um fato preponderante: nas nações africanas, a vacinação sequer atingiu 30% dos cidadãos e isso faz com que a doença continue infectando e matando muita gente por lá, como se fosse uma espécie de erva daninha.
No Brasil, o Ministério da Saúde se viu obrigado a recuar em sua propalada intenção de suspender sumariamente o uso de máscaras, inclusive nos ambientes fechados e em meio à aglomeração, temendo um resultado negativo no futuro, diante da incerteza que ainda ronda a todos.
Em Belo Horizonte, a suspensão tem ocorrido de maneira veloz, especialmente em locais de eventos, como bares, restaurantes e casas de shows. Mas a verdade é que a situação epidemiológica ainda não se encontra sob controle, tampouco, podemos nos esquecer do que já vivemos na área da saúde como se tudo fosse um distante passado. Nada disso.
De acordo com o pesquisador em engenharia biomédica e membro do Observatório COVID-19 BR, Vitor Mori, este cenário ainda requer cuidados, por isso, ele recomenda a imunização completa para que as pessoas fiquem mais tranquilas. “Ainda é preciso priorizar locais ao ar livre e espaços com uma quantidade menor de frequentadores. Se o cidadão está em um ambiente fechado, manter 2 metros de distância não é suficiente para evitar o contágio”.
Para quem está retomando a prática dos esportes, Mori recomenda o uso de máscara com válvula, pois o equipamento ajuda a melhorar a respiração, permitindo um bom nível de proteção. Segundo ele, tudo isso é importante também para pessoas com comorbidades e, portanto, mais vulneráveis à contaminação.
As restrições sanitárias estão sendo implementadas em Minas, no Brasil e em grande parte do mundo, contudo, neste cenário ainda incerto, ter bom senso para evitar que tenhamos novas recaídas nunca é demais. Até porque sempre existe a possibilidade de surgir novas variantes, o que seria um caos para todos, especialmente para aqueles que estão com a saúde e as finanças combalidas em quase todos os pontos do planeta.