Uma concepção distinta das propostas até então levadas a efeito, com a finalidade de garantir a geração de emprego e renda, proporcionando-se, por seu turno, a segurança alimentar. Para escalar esses itens necessários e garantidores do crescimento e do desenvolvimento do país, a sugestão é que seja combatida a pobreza no Brasil, incrementando-se a possibilidade de acesso das pessoas mais humildes a um mercado de consumo aguçado.
Tacitamente, esse foi o cabeçalho de uma proposta do prefeito de Nova Lima, João Marcelo (Cidadania), ao discursar no Senado na semana anterior, perante o presidente da Casa, o senador mineiro Rodrigo Pacheco (PSD), ministros de Estado e outros representantes do poder municipalista brasileiro.
Após ser referenciado por Rodrigo Pacheco como um dos mais eficientes prefeitos do país, João Marcelo, respaldado em sua popularidade, apresentou ao titular da Casa Alta do Congresso Nacional uma proposta de Emenda à Constituição, sugerindo que todos os municípios destinem 1% das receitas para combater a pobreza. O chefe do Executivo nova-limense esteve na capital federal para ser um dos debatedores nas comissões temáticas sobre política de combate à fome. Ele deu exemplo de Nova Lima, onde já se pratica essa transferência de 1%, diretamente para atendimento das demandas dos mais humildes da cidade.
Os números apresentados pelo prefeito são reveladores, pois já se contabiliza o acolhimento de uma média de 5.880 famílias, prevendo-se com isso zerar a pobreza e a extrema pobreza em um preponderante prazo. O município é um exemplo nacional.
O presidente do Senado, em seguida à fala desse representante dos prefeitos mineiros, foi enfático ao dizer que a proposta de João Marcelo, no sentido de prospectar uma nova percepção de atendimento às políticas sociais, pode ser uma alternativa para atenuar as demandas procedentes de cidades e de todos os estados brasileiros, e, sendo assim, a implicação de Emenda à Constituição, será, ao seu tempo, levada a debate de maneira mais pormenorizada, visando amenizar a pobreza no Brasil.
Ao final de sua apresentação, ele foi aplaudido de forma efusiva, inclusive pelos dois ministros presentes ao certame: Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; e Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.
Ao participar de um debate de tal magnitude em Brasília, João Marcelo protagonizou um ato demonstrativo de prestígio, especialmente, para a sua classe de prefeitos, ao romper as montanhas de Minas, para implementar as suas teses no Planalto Central.