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Candidatura de Cleitinho ao governo irá dividir a direita em Minas em 2026

Cleitinho Azevedo é um político conectado e Mateus Simões está em ritmo de pré-campanha / Fotos: Waldemir Barreto e Karoline Barreto

Avaliado como um político midiático, cujo histórico de homem público foi forjado nas redes sociais, o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) tem protagonizado uma pseudo cisão política, procurando se isolar do grupo liderado pelo governador Romeu Zema (Novo). Nos bastidores, sabe-se da pretensão do parlamentar em se tornar candidato a governador. Porém, pelo roteiro de agora, a direita mineira que ficou unida nas duas últimas eleições, estaria em frangalhos no próximo ano.

Enquanto planeja o seu futuro, relativamente ao pleito de 2026, o senador vai turbinando cada vez mais o seu prestígio na internet, tendo ao seu lado o deputado estadual Bruno Engler (PL). Nas últimas semanas, Azevedo fez vários vídeos ironizando e até mesmo criticando o estilo de administração de Romeu Zema.

Cleitinho X Mateus Simões

Estrategistas políticos consideram que a ideia de Cleitinho Azevedo, no sentido de antecipar o debate sobre o pleito de 2026, pode ser um erro estratégico. Fontes ouvidas pelo Edição do Brasil avaliam que é muito incipiente tratar de um tema de tal magnitude neste momento, já que estamos falando de nomes para administrar o segundo estado mais populoso do país.

No momento, propala-se um possível duelo eleitoral entre Cleitinho e o atual vice-governador Mateus Simões (Novo). Para interlocutores, são prematuras as teses de ambos, porque o tema só vai ganhar curso definitivo no próximo ano, quando acontecerem as grandes candidaturas à Presidência da República, com grandes alianças partidárias e aproximação de siglas nos estados, inclusive em Minas Gerais.

Matemáticos da política mineira comentam que, atualmente, o PSD estadual tem dois nomes de ponta para pleitear cargos majoritários, o senador Rodrigo Pacheco e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Porém, nenhum deles, e muito menos o próprio partido, se prestam a fazer conjecturas pensando na peleja de 2026. Mas isso não significa imaginar a ausência do grupo no pleito de então. Eles entendem não ser a hora de alardear as pretensões individuais no campo da futura campanha.

Em geral, essa espécie de “pacotão” para disputar o pleito presidencial, às vezes, faz sucumbir interesses partidários e políticos regionais, impondo entendimentos onde congregam siglas de ideologias e percepções eleitorais distintas, ficando tudo junto, em uma mesma cesta, mediante o lançamento de candidaturas aos governos estaduais, nomes para vice- -governador e as duas vagas ao Senado. Para muitos, isso é o que pode acontecer também em nosso Estado. Assim, essas bravatas de Cleitinho podem não passar de uma necessidade dele se manter vigilante e em consonância com o seu estilo peculiar de atuar na vida pública e partidária, usando sempre o megafone da comunicação virtual.