Semana passada, a Rede Minas realizou um debate com os candidatos a prefeito de Belo Horizonte. Na avaliação dos idealizadores do projeto, o evento alcançou seus objetivos. Dos dez nomes oficialmente disputando o pleito deste ano, três não compareceram: Fuad Noman (PSD), Mauro Tramonte (Republicanos) e Carlos Viana (Podemos).
Embora líder das pesquisas, houve críticas moderadas contra Tramonte. Já em relação ao atual prefeito da capital, a ira dos seus concorrentes foi além do comum. No jargão popular, Fuad se transformou em alvo de oponentes, com denúncias pesadas, colocando em dúvida a sua hombridade pública.
O candidato do PSD não estava presente ao certame para se defender, mas foi arduamente mencionado várias vezes como um político interessado em se manter no poder, apenas para cumprir compromissos com apoiadores, inclusive em relação aos 18 bilionários que são seus parceiros, de acordo com fala do candidato Gabriel Azevedo (MDB).
Não satisfeito com essa revelação, Azevedo foi enfático ao categorizar que Fuad Noman almeja proteger o sistema de transporte da capital mineira. Ainda, na avaliação do emedebista, o prefeito chegou a ser questionado por envolvimento com o segmento de transporte coletivo da Região Metropolitana, quando foi secretário de Estado na administração do então governador Aécio Neves (PSDB).
Embora não tenha sido possível apresentar provas de suas denúncias, até por conta da proibição da direção da Rede Minas, no sentido de evitar celeuma, o presidente da Câmara foi além. Disse, em alto e bom som, que o Ministério Público de Contas do Estado de Minas Gerais, à época, denunciou essa malversação praticada pelo então secretário, hoje, disputando a sua reeleição.
Outros candidatos também criticaram o prefeito de BH, inclusive o candidato Bruno Engler (PL). No entanto, coube a Azevedo enfatizar que Fuad é candidato a reeleição, não porque esteja preocupado em atender às demandas da população. Ele disse que o objetivo é buscar mais quatro anos de administração, para cumprir os seus compromissos com os barões das empresas de ônibus do transporte coletivo da cidade.