
As assessorias dos pré-candidatos ao Governo de Minas no pleito de 2026 estão de olho nos pormenores dos bastidores da política estadual. Uma observação convém ser avaliada neste primeiro momento: três prefeitos de grandes cidades, como Belo Horizonte, Montes Claros e Betim, são filiados ao partido União Brasil. Portanto, o apoio da sigla a qualquer que seja o candidato ao Palácio Tiradentes pode fazer uma diferença preponderante.
Nomes de prestígio
Filiado ao Partido Progressista, o prefeito de Uberlândia, Paulo Sérgio, pode ser um eleitor qualificado na corrida majoritária de 2026. Seu município, depois de Belo Horizonte, tem o maior colégio eleitoral do Estado, com aproximadamente 530 mil eleitores. E, sabidamente, o prefeito tem um comando local muito forte, com possibilidade de influenciar no pleito estadual. Basta ver que a sua eleição aconteceu ainda no 1º turno, comprovando a liderança perante os uberlandenses.
No entorno da capital mineira, quem tem a chance de dar as cartas é a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT). Chefe do Executivo pela quarta vez, a petista é avaliada como uma forte e possível presença na composição da chapa a ser montada na disputa ao Governo do Estado e também ao Senado.
O terceiro colégio eleitoral do Estado, Juiz de Fora, tem outra petista no comando, a professora Margarida Salomão. Ela não tem comentado a respeito do pleito do próximo ano, mas por ser uma política alinhada ao partido, não se negará a apoiar quem for o candidato do PT ao governo.
De Montes Claros, cujo prefeito Guilherme Guimarães é filiado ao União Brasil, se trata de um político de prestígio. No município, a eleição acontece em dois turnos, mas ele foi alçado ao cargo ainda na primeira etapa, com mais de 70% dos votos válidos.
Também filiado ao União Brasil, cabe ressaltar a importância do prefeito de Betim, Heron Guimarães, na região metropolitana. Com o apoio do ex-prefeito Vittorio Medioli, sagrou-se titular no 1º turno da peleja. A sua presença no palanque ao pleito estadual do próximo ano, sem dúvidas, fará muita diferença.
Quando se trata especialmente de Belo Horizonte, com seus dois milhões de votos, vale rememorar que o prefeito Álvaro Damião é representante do União Brasil. Como ele assumiu o cargo por conta da morte do ex-titular, Fuad Noman, não é possível determinar a sua efetiva possibilidade de transferir votos para qualquer postulante ao pleito majoritário de 2026.