A menos de um ano para as eleições, o quadro referente à sucessão mineira segue indefinido. No momento, a especulação sobre o tema tem encontrado um campo fértil e um gráfico de completa incerteza para 2022.
No âmbito geral, existe a possibilidade do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, abandonar a pretensão de ser uma opção para a terceira via na sucessão presidencial e se envolver no pleito estadual visando conquistar o Palácio Tiradentes. A respeito disso, amigos do senador mineiro preferem o silêncio, pois o próprio Pacheco, agora já filiado ao PSD, nada fala sobre sua postura no próximo ano.
A vez do Triângulo?
“A propalada popularidade do governador Romeu Zema (Novo) é fruto de mais de um ano de pandemia, no qual os governantes nada puderam fazer a não ser administrar as consequências da COVID-19”. Esse é o comentário que reina nos bastidores da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Complementando essa ideia, o parlamentar André Quintão (PT), em conversas com seus colegas, ressaltou: “Vocês já foram ao Sul de Minas e outras regiões do estado e apuraram qual foi a grande obra inaugurada pelo governo mineiro nesta atual administração?”.
Diante disso, é de se avaliar que a popularidade de Zema acontece por falha na oposição e, referente à sucessão, por falta de opção, especialmente nas regiões mais distantes de Belo Horizonte. Neste sentido, está sendo trabalhado o nome do prefeito Alexandre Kalil (PSD), mas muita água ainda vai passar por debaixo dessa ponte. Afinal, Kalil ainda não é conhecido em diversas localidades.
Por enquanto, não se fala abertamente, porém, nas rodas de deputados no parlamento mineiro, o nome do prefeito de Betim, Vittorio Medioli, voltou a ser lembrado como uma das alternativas.
No entanto, os matemáticos da política mineira sempre avaliam a possibilidade do prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão (PP), atender aos diversos convites para ingressar na política majoritária de Minas. Para esses analistas, o cenário com vistas à sucessão de 2022 ao governo mineiro segue em aberto, podendo ocorrer oscilações assim que novos nomes forem incluídos na lista.
Os defensores da candidatura de Odelmo ao governo mineiro rememoram que essa seria a oportunidade do retorno de Uberlândia ao comando do estado depois de 40 anos, visto que depois do governador Rondon Pacheco nenhum cidadão do Triângulo Mineiro foi ungido ao posto de chefe do Executivo estadual.
A ficha política de Odelmo já é conhecida: ex-deputado federal por vários mandatos e prefeito também em diferentes oportunidades, incluindo a sua reeleição, ano passado, com mais de 70% de votos.
Além disso, registra-se que Uberlândia é uma cidade síntese da produção nacional, com destaque para o agronegócio. O município é avaliado como um dos maiores pólos de logística do país, pois lá se encontra um significativo número de centros atacadistas de grandes empresas.