As últimas informações de bastidores indicam que o presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Julvan Lacerda, já estaria com um pé fora do MDB. A intenção dele é colocar seu nome para a disputa ao Senado e, como o seu atual partido é uma espécie de “colcha de retalhos”, estaria desligando-se da sigla para buscar um novo rumo político.
Diante de sua reconhecida liderança no interior do estado, Julvan, na realidade, tem sido cortejado ao longo deste ano pelas alas ligadas ao prefeito da capital, Alexandre Kalil (PSD) e, também, pelos articuladores do projeto político do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).
Em verdade, ele é um defensor do municipalismo. Foi graças ao seu trabalho como presidente da AMM que o governo mineiro voltou a pagar as dívidas dos municípios em dia. De acordo com uma sondagem extraoficial, em sua nova caminhada, Julvan tem a possibilidade de contar com apoio de 500 lideranças, entre prefeitos e ex-prefeitos.
Medioli e Reginaldo Lopes
Recentemente, Zema teria se aproximado politicamente do prefeito de Betim, Vittorio Medioli (PSD). As insinuações se configurariam em abrir espaço para que Medioli fosse candidato a vice-governador ou ao Senado, dependendo dos desdobramentos referentes ao tema. Como o assunto ainda está no campo das especulações, não se conhece a posição formal do prefeito de Betim, embora pessoas próximas a ele tenham afiançado: “O projeto é conduzir a cidade até o final do seu mandato, deixando a marca da melhor administração que o município já teve”.
Tem havido encontros regionais do PT pelo interior do estado com o escopo de debater a importância da sigla no projeto político de 2022. No momento, todos os cenários são analisados, inclusive de não terem um candidato ao governo de Minas, porém, não abrem mão de um nome para ser aspirante ao Senado. Atualmente, essa sugestão delineia sobre o atual deputado federal Reginaldo Lopes, ex-presidente do PT estadual.
Anastasia e Silveira
No PSD, partido de Kalil, continua o duelo entres dois nomes: o atual senador Antonio Anastasia e seu suplente, Alexandre Silveira. Como já registrado pela imprensa, os dois se colocam como pretendentes a uma vaga ao Senado, mas esse assunto ainda vai ser debatido exaustivamente nos meandros da sigla.
Silveira é diretor de Assuntos Técnicos e Jurídicos do Senado, além de presidir, no âmbito estadual, o PSD. Como secretário-geral do partido nacionalmente, mantém contatos permanentes com expressivas lideranças, inclusive com o presidente Gilberto Kassab. Enquanto aguarda o momento oportuno para aprovar seu nome pelos convencionais, ele já tem marcado presença nos acontecimentos políticos de Belo Horizonte e do interior de Minas Gerais.
Em contrapartida, há 60 dias, o senador Anastasia concedeu entrevista à imprensa se dizendo candidato à reeleição. Para além desta declaração, deve ser registrado que ele só foi vitorioso em suas eleições quando fazia parte do grupo de Aécio Neves, no PSDB.