Pragmático, o MDB mineiro terminou sustentando a tese nacional da sigla: o importante é ter uma bancada forte de deputados federais e estaduais. Aqui no estado, o partido jogou fora a possibilidade de ficar unido, apostando em um nome competitivo para vencer o pleito ao Palácio da Liberdade.
Essa ação acabou induzindo outras legendas de porte médio, como Partido Verde, Podemos e PDT que, até o último momento, não tiveram alternativa senão se juntarem numa discussão interminável, balizada pelo PSB, de Marcio Lacerda.
Nomes de primeira hora
Na contramão dessa realidade, outras siglas trataram de tomar iniciativas de pronto. Assim que começou o período das convenções, elas buscaram decisões compatíveis com os interesses de seus filiados. E, como a primeira candidatura a ser lançada ao governo de Minas foi a do senador Antonio Anastasia, o tucano passou a contar com adesões de imediato. Um exemplo é o PTB, dirigido em Minas pelo deputado estadual Dilzon Melo.
Aliás, a coesa bancada de deputados estaduais petebista está engajada na campanha do representante do PSDB. Na mesma ocasião do pré-lançamento de Anastasia, houve chancela do PPS, cuja estrela maior é o ex-governador Alberto Pinto Coelho. O PSD, origem do candidato a vice-governador Marcos Montes e algumas legendas, como o Solidariedade, do candidato a senador Dinis Pinheiro, o Democratas, de Rodrigo Pacheco, e o Partido Progressista também estão na lista de apoio.
Candidato à reeleição, o governador Fernando Pimentel manteve a coerência no sentido de estabelecer uma aliança mais à esquerda. Vale dizer, o PT preferiu se aliar de imediato com o PCdoB, da Jô Morais. Pimentel também contou com o apoio do Partido da República (PR), e do Democratas Cristão, comandado em Minas pelo empresário Alessandro Marques, cuja convenção, realizada no plenário da Assembleia Legislativa, se transformou em um palanque do candidato do PT, que fez um discurso em ritmo de pré-campanha com direito a alfinetada aos tucanos e tudo mais.
Todos os acordos e entendimentos provocam alterações de cenários a cada momento. Um exemplo é a primeira-dama de Uberlândia, Ana Paula Junqueira. Ela, um dia após ser lançada candidata a vice-governadora na chapa do Rodrigo Pacheco, viu a sua aliança ser desfeita por conta da renúncia do titular. Agora, Ana Paula pleiteia uma vaga como deputada federal.
Propalado como uma das estrelas do MDB de Minas, Bruno Siqueira, que deixou a cargo de prefeito de Juiz de Fora no meio do ano, se colocou à época como uma opção para disputar cargo majoritário, sendo lembrado a concorrer ao pleito como senador. No entanto, depois de tanto bate e rebate, decidiu, e isso foi comunicado a suas bases eleitorais, ser novamente candidato a deputado estadual.