
Em abril, o preço médio dos imóveis residenciais em Belo Horizonte registrou alta de 1,36% em relação ao mês anterior, alcançando R$ 9.968 por metro quadrado. Segundo a edição mais recente do Índice FipeZap de Venda Residencial, BH permanece entre as dez cidades com os preços de imóveis mais elevados do país. O valor do metro quadrado em Belo Horizonte está acima da média nacional, atualmente em R$ 9.233. A capital mineira também registrou crescimento de 4,94% no acumulado de 2025 e de 13,95% nos últimos 12 meses.
Segundo dados levantados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a partir de anúncios publicados nos sites Zap Imóveis e Viva Real, quatro bairros da região Centro-Sul de Belo Horizonte se destacaram entre os mais valorizados. A Savassi lidera o ranking com o maior valor médio por metro quadrado, atingindo R$ 17.100. Na sequência estão os bairros Santo Agostinho (R$ 15.537/m²), Lourdes (R$ 14.863/ m²) e Funcionários (R$ 14.295/m²).
Dos dez bairros com os preços médios de venda mais altos em Belo Horizonte, nove registraram aumentos superiores a 10% ao longo dos últimos 12 meses. Os destaques em valorização no período foram Santa Lúcia, com 38,7%; Gutierrez, com 23,3%; Santo Antônio, com 16,5%; e Savassi, com 15,9%.
O corretor de imóveis Gabriel Maia destaca que a escassez de terrenos disponíveis para construção na região Centro-Sul da cidade é um dos principais motivos. “Os terrenos são escassos nessa localidade e, logo, mais caros. Isso eleva o preço dos imóveis, especialmente em bairros como Savassi, Lourdes e Santo Agostinho. Esses bairros são conhecidos por sua infraestrutura de qualidade, proximidade a centros comerciais e opções de lazer, tornando-os altamente desejados pelos compradores”.
“Outro fator relevante é o aumento no custo da construção civil, que impacta diretamente nos preços dos imóveis novos, sendo repassado para os consumidores, elevando o preço final dos imóveis”, ressalta.
Em Belo Horizonte, a diferença de preço entre imóveis novos e usados é significativa. Maia, explica que “grande parte dos imóveis da região do Centro de Belo Horizonte são mais antigos, com construções que datam desde a década de 1950, o que explica essa variação. Por outro lado, bairros como Lourdes e Sion, que possuem imóveis mais recentes, apresentam uma diferença menor entre os preços de novos e usados, indicando uma valorização mais equilibrada”.
“O mercado imobiliário de Belo Horizonte continua aquecido, impulsionado pela demanda por imóveis em bairros valorizados e pela escassez de terrenos disponíveis para construção. Acredito que essa tendência de valorização pode continuar nos próximos meses, especialmente se a economia local continuar a apresentar sinais de crescimento e estabilidade”, esclarece a economista Marcela Andrade.
Ela afirma que há uma mudança nas preferências dos consumidores, com maior interesse por imóveis maiores, como apartamentos com mais de dois quartos e casas. “Essa demanda crescente por imóveis mais espaçosos têm pressionado os preços para cima, especialmente em bairros bem localizados e com boa infraestrutura”.
A especialista diz que, para os compradores, é importante estar atento às variações nos preços e considerar fatores como localização, infraestrutura e potencial de valorização ao escolher um imóvel. “Investir em bairros com infraestrutura de qualidade e proximidade a centros comerciais pode ser uma estratégia inteligente para quem busca valorização do patrimônio a longo prazo”.
Bairros com imóveis residenciais mais caros de Belo Horizonte:
Savassi – R$ 17.100/m²
Santo Agostinho – R$ 15.537/m²
Lourdes – R$ 14.863/m²
Funcionários – R$ 14.295/m²
Santa Lúcia – R$ 11.810/m²
Gutierrez – R$ 11.192/m²
Sion – R$ 11.182/m²
Serra – R$ 10.512/m²
Santo Antônio – R$ 9.804/m²
Buritis – R$ 8.835/m²