Enquanto esquentam-se os tamborins, no ritmo de pré-Carnaval, os assuntos relacionados à disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) estão acontecendo em diferentes pontos, especialmente envolvendo as lideranças da capital, com uma pitada de políticos com cadeiras premiadas, em Brasília.
A definição dos nomes que irão enfrentar o prefeito Fuad Noman (PSD) já é uma realidade, como tem sido propalado pela imprensa e também no âmbito das redes sociais.
Perfil para ser candidato a vice
Segundo informações procedentes de Brasília, a tendência do atual prefeito Fuad Noman é abrir espaço para uma aliança com a esquerda, tendo o aval do presidente Lula (PT). Caso essa tese se concretize, tudo leva a crer que o PT abriria mão da candidatura própria à PBH, em nome da união das forças políticas, para evitar uma derrota para a direita.
No momento, o nome mencionado para fazer parceria com o prefeito seria o petista, ex- -deputado e ex-vereador de BH, André Quintão, atualmente sem mandato político.
Já nos bastidores do governo mineiro e em quase todas as rodas de conversa, surge o nome do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) e do Sebrae Minas, empresário Marcelo de Souza e Silva.
Consolidado como líder empresarial, Marcelo não se nega a conversar sobre o tema. E como se sabe, existe uma preponderante aproximação dele com o grupo do governador Romeu Zema (Novo), embora, por ser uma pessoa de fácil acesso, também tenha tentáculos com outros grupos em pré-campanha ao comando do município.
A lista de pretendentes começa a ficar extensa. Há, por exemplo, chance do deputado Bruno Engler (PL) ter o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) como vice. Avaliam-se ainda a possibilidade do tucano e ex-deputado João Leite fazer uma parceria com o pré-candidato, o ex-vice-governador Paulo Brant.
Até mesmo o ex-deputado e líder de vários partidos, Marcelo Aro, que atualmente exerce o cargo de secretário-chefe da Casa Civil do governo mineiro, poderia topar compor chapa com o prefeito Fuad Noman, embora essa conversa teria de passar primeiro pelo gabinete do governador Zema.
Mesmo com forte liderança sobre meia dúzia de vereadores, Aro está sem um ponto fixo na política municipalista de BH. Ora está próximo ao prefeito, ora fica para o lado do Palácio Tiradentes. Na avaliação de amigos, isso vai prejudicá-lo. “Nesse tipo de projeto não pode haver indefinição. O jogo é duro e tem de ser jogado”, dizem.