Mostra poderá ser visitada até 18 de setembro
Se estivesse vivo, o mineiro Alberto Santos Dumont, considerado o pai da aviação, inventor do chuveiro de água quente e relógio de pulso, completaria 150 anos em 2023. E para relembrar a época e a trajetória desse grande brasileiro, até o dia 18 de setembro, o público poderá visitar a exposição “Nas nuvens com Dumont: 150 anos do aeronauta” no piso Mariana do BH Shopping, região Centro-Sul de Belo Horizonte.
A exposição é fruto de um trabalho de 4 meses de pesquisa do curador da exposição, Rodrigo Câmara, junto ao pesquisador Henrique Lins de Barros, considerado um dos maiores especialistas sobre o inventor no Brasil. Rodrigo explica os motivos que o levaram a fazer essa mostra. “Vivemos em um momento de ausência total de ídolos. Tivemos alguns ao longo dos anos, como Ayrton Senna, mas a gente foi perdendo essas pessoas que nos serviam de inspiração. Essa exposição vem como uma homenagem ao pai da aviação, levando mais informações ao público a respeito desse grande personagem que mudou a história do mundo”.
Para Rodrigo, Santos Dumont foi um símbolo de perseverança. “Uma pessoa que tentou por várias vezes alçar voo e boa parte de suas tentativas houve frustração. Até que ele conseguiu e obteve o reconhecimento de pai da aviação. Essa exposição também traz o sentimento das pessoas se reinventarem, estimulando a criatividade através desse grande brasileiro”.
Ao todo, a exposição conta com mais de 100 itens, além de réplicas de aeronaves e medalhas. Podem ser vistos ainda artigos do período em que Santos Dumont viveu, como câmera fotográfica, isqueiros e peças de vestuário. “Ele ditava a moda da época, usava chapéu Panamá amassado, o colarinho alto e as gravatas menores”, afirma Rodrigo.
O curador da exposição revela que fez uma réplica da escada de Santos Dumont, que ocupa metade do espaço de uma convencional. “Esses detalhes são importantes para reforçar que Dumont não foi somente o pai da aviação. Ele foi um grande inventor, um personagem que estimulava e inspirava as pessoas naquela época”.
Rodrigo destaca também que, além da exposição de peças, o público poderá utilizar um dos meios de comunicação mais comuns da época, que é o cartão-postal. “Temos uma pequena caixa de correio onde os visitantes podem pegar um cartão e escrever uma mensagem. A gente se encarrega de fazer com que o papel chegue à casa da pessoa que foi endereçada.
É uma forma de voltar no tempo e ainda mostrar aos mais novos como funcionava essa experiência no passado”, finaliza.
