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Esportes praticados na areia crescem e podem virar tendência no verão de 2023

Foto: Pixabay

 

Beach Tennis

Criado na década de 1980, na Itália, e popularizado no Rio de Janeiro, nos anos 2000, o beach tennis cresceu rapidamente para outras cidades litorâneas. O esporte ganhou notoriedade, inclusive, nas cidades não praianas, como Belo Horizonte, em que o número de academias com quadras de areia cresceu no decorrer dos anos. De acordo com a International Tennis Federation (ITF), o Brasil é o segundo país do mundo na prática deste esporte, atrás somente da Itália.

O professor de beach tennis, Conrado Ferreira, diz que os fatores para o crescimento da modalidade são a facilidade do esporte e o fato de que, na pandemia, com as academias fechadas, muitas pessoas procuraram exercícios ao ar livre. “O sucesso no Brasil e no mundo deve-se pela simplicidade com que uma pessoa aprende a jogar e pela diversão que ele proporciona. Além disso, é uma opção para quem quer melhorar o condicionamento físico e cuidar da saúde”.

Ele conta que é um esporte democrático em relação à idade e gênero. “É comum ter muitas mulheres, idosos e crianças nas aulas, pode tanto ser mais competitivo quanto uma boa atividade para a família nos finais de semana. O importante é sempre realizar um aquecimento prévio à atividade física, que pode ser uma caminhada mais intensa para preparar os músculos”.

Além da diversão, a prática traz benefícios físicos e mentais. “Ele proporciona alto gasto energético, trabalha todo o tônus corporal, os membros inferiores e superiores, melhora o condicionamento físico e o aeróbico, aumenta a percepção corporal e de movimento, além de promover uma revigoração no corpo, elevando a motivação de continuar os exercícios e engajar as pessoas em temas saudáveis, como saúde e alimentação. Ao praticarmos esportes, liberamos hormônios de prazer e felicidade, por isso acabamos ficando mais animados e cheios de vitalidade”.

A analista de marketing, Sílvia Martins, 37, conta que começou as aulas no ano passado para tentar sair do sedentarismo. “Sempre via pessoas jogando beach tennis quando viajava para a praia, mas não pensava que conseguiria ver isso aqui em BH. Em 2022 estava procurando uma atividade para fazer e uma amiga me recomendou a modalidade. Sinto que ela trabalha todo o meu corpo e até a minha concentração. Além disso, perdi 10 quilos, apesar de não ser meu principal objetivo. Às vezes, alugo uma quadra nos finais de semana e jogo com amigos e familiares”.

Futevôlei

Essa modalidade mistura vôlei e futebol e as regras são bem parecidas com as do vôlei, mas existe uma diferença crucial: os atletas não podem utilizar as mãos. Está liberado somente o uso dos pés, pernas e a cabeça. Assim como acontece no futebol, são proibidos toques com braços, antebraços e mãos. No Brasil, o esporte é regulado pela Confederação Brasileira de Futevôlei (CBFv) e, em nível internacional, pela Federação Internacional de Futevôlei (FIFv).

O professor de futevôlei, Roberto Vieira, esclarece que essa é outra alternativa de “pelada” com os amigos. “Quem já tem familiaridade com o futebol, também vai gostar do futevôlei. Ele auxilia no fortalecimento da musculatura de abdômen, glúteos, coxas e panturrilhas, contribui para a saúde cardiovascular, combate a perda óssea e favorece o emagrecimento, especialmente se combinado com dieta alimentar adequada e treino, podendo queimar até 600 calorias”.

O estudante, Marcos Cardoso, 23, conta que, junto com mais três amigos, entrou nas aulas de futevôlei. “É o momento de me divertir durante a semana. É notável a melhora no meu físico, afinal, são muitos treinos de agilidade, mudança de direção e que acabam envolvendo movimentos com braço, perna, corrida frontal e lateral. Acho bem positivo para trabalhar o corpo como um todo”.