Ao longo de cinco décadas, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas) tem incentivado e auxiliado cada empreendedor em sua trajetória à frente do próprio negócio. A entidade desempenha um importante papel no desenvolvimento econômico, confirmado pelos números positivos. Ao todo, são mais de 3 milhões de empreendimentos formais, que respondem por 58% dos empregos e 40% dos salários pagos no estado.
O superintendente do Sebrae Minas, Afonso Maria Rocha, faz um balanço da trajetória da instituição até aqui. “Desde a sua criação, em 1972, sempre foi uma entidade voltada para orientar os pequenos negócios, visto que as grandes empresas dispõem de condições para contratar suas próprias assessorias e fornecer capacitação. O Sebrae oferece soluções e projetos para fortalecer os pequenos negócios e impulsionar o empreendedorismo”, explica.
Rocha relembra que, à época de seu surgimento, quase 100% das pessoas que finalizavam os estudos gostariam de obter uma vaga de emprego nas empresas. “Isso mudou ao longo dos anos e pesquisas mostram que 50% dos que terminam a graduação querem ser donos do próprio negócio. Dados da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) revelam que o maior sonho do brasileiro é ter casa própria. Em segundo lugar aparece empreender”.
Ele afirma ainda que, “com a atuação da entidade, ao longo dos anos, de orientar na abertura e na gestão do negócio, o número de mortalidade das empresas tem sido reduzido, assim como a quantidade de pessoas que trabalham na informalidade. O microempreendedor individual (MEI) foi uma revolução, pois permitiu a formalização dos pequenos negócios e garantiu direitos trabalhistas. Eu costumo dizer que o Sebrae é um Brasil que deu certo”.
Sediado na capital Belo Horizonte, o Sebrae em Minas Gerais abrange os 853 municípios, com 9 escritórios regionais e 57 sedes de microrregiões. O superintendente diz que mais de 50% dos atendimentos são feitos de forma digital. “Isso cresceu durante a pandemia de COVID-19. Existem mais de 3 milhões de micro e pequenas empresas no estado. Deste total, o Sebrae auxilia cerca de 1,2 milhão de todos os setores, como indústria, agronegócio, serviços e comércio. Estes dois últimos são os que concentram a maior proporção de negócios. Além disso, são atividades mais acessíveis e com menos barreiras de entrada. Já nos ramos de comércio e indústria, o empreendedor tem um custo inicial com a compra de equipamentos e produtos ou aluguel de espaço”.
Em relação a outros estados, o Sebrae Minas só perde em termos de volume de atendimento para São Paulo. “Já o Net Promoter Score (NPS), que é o índice de satisfação e recomendação dos nossos serviços, alcança o patamar de 83.6%, sendo o maior dos estados da região Sul e Sudeste do Brasil”.
O Sebrae também tem uma vasta grade de cursos, pensados de acordo com a necessidade do empresário e atualizados conforme as inovações no mercado. “Atualmente, os programas mais demandados são nas áreas de finanças, muito por conta dos efeitos econômicos causados pela crise sanitária e, também, marketing digital. No primeiro são abordados temas como, gestão dos rendimentos da empresa, planejamento e projeção de fluxo de caixa. Já o segundo tem como grande carro-chefe aulas de como montar um site próprio para o negócio, além de marketplaces e redes sociais para divulgar e promover as vendas”, finaliza.
