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Nomes mineiros devem comandar pastas da Educação e da Infraestrutura

Alexandre Silveira pode ajudar a encaminhar as demandas do estado / Foto: Divulgação

Numa semana de intensa negociação política em Brasília sobrou pouco tempo para o presidente eleito Lula (PT) avançar na análise de possíveis nomes para o primeiro escalão de seu futuro governo.

As prioridades dele são conhecidas por todo o Brasil, especialmente no que se refere à economia, coordenação política e defesa.

No entanto, a sugestão de nomes para os ministérios é uma realidade e, volta e meia, surgem novas avaliações periódicas. Em Minas, a semana terminou com dois pré-indicados. A informação é de que se a instalação do novo governo fosse hoje, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT) seria o ministro da Educação. Reeleito para o seu sexto mandato, Lopes é líder da bancada petista na Câmara Federal. Ele foi o coordenador da campanha de Lula em Minas e está na linha de frente, desde o primeiro momento, em todas as negociações, inclusive quando se trata de entendimentos para formação de uma aliança política mais ampla, com a finalidade de reforçar as bases do futuro governo no Congresso Nacional.

Quando o nome do senador Alexandre Silveira (PSD) foi alardeado para a pasta de Infraestrutura ele foi ovacionado pelos seus conterrâneos. Parlamentar por mais de 30 anos, o deputado estadual Arlen Santiago (Avante) disse: “Silveira é um político nato, um homem público experiente e sua presença em qualquer governo só confirma que se trata de um profissional de muita competência, até mesmo porque já tem conhecimento e demonstrou suas qualidades quando serviu ao próprio governo federal em um passado recente”.

Líder empresarial, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Extrativas de Itaúna e Itatiaiuçu (SindExtra), Fernando Coura, afirmou que quem conhece o senador sabe do seu currículo de primeira linha. “Ele é um cidadão respeitado por suas qualidades ao longo de sua vida pública. A sua ida para o ministério se reverte de preponderante relevância com o intuito de contribuir para o encaminhamento de inúmeras demandas do nosso estado”.

Mas a denominada cota mineira, segundo fonte ouvida pela nossa reportagem, não se atém apenas a esses possíveis ministros. Vêm aí cargos importantes de segundo escalão, como empresas de governo, direção de bancos e estatais, representações regionais de alguns ministérios, ou seja, há uma gama de oportunidades para que, desta vez, o estado seja bem representado no poder central.

Os destaques nesse âmbito são André Quintão (PT), Virgílio Guimarães (PT), Anderson Adauto (PCdoB), Saraive Felipe, Mário Assad Júnior e Aloísio Vasconcelos.

O maior desafio do futuro governo será atender ainda aos interesses regionais de apadrinhados dos partidos políticos, especialmente os que formaram aliança para a governabilidade nacional, como o MDB, União Brasil, PSDB, entre outras siglas.

De fora

Se existe uma classificação de quem deve ser prestigiado, têm aqueles que estão, até esse momento, de fora do páreo. Ao que tudo indica, esse seria o caso do ex-secretário geral da Presidência da Republica, Luiz Soares Dulci.

Segundo uma fonte, ele segue próximo ao presidente eleito, porém, não há sinalização de seu retorno ao governo, sobretudo, no primeiro escalão. “Os tempos são outros e, desta vez, não tem um governo do PT como no passado. Agora, será uma administração com auxiliares da denominada frente ampla”, avaliam alguns interlocutores ouvidos por nossa reportagem.

E, como a imprensa já antecipou, o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia, por opção própria, não é sequer cogitado para se estabelecer na Esplanada dos Ministérios. Ele, de acordo com membros do grupo da equipe de transição do futuro governo, vai preferir atuar como conselheiro informal de Lula.