Quando pensamos em academia, a imagem que vem à cabeça é de um lugar cheio de jovens se exercitando para deixar o corpo em forma. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 9 milhões de idosos praticam algum tipo de atividade física no Brasil. A caminhada é a modalidade preferida (66,5%), seguida pelo passeio de bicicleta (13,3%) e academia (9,69%). Prova que a terceira idade está cada vez mais preocupada em deixar o sedentarismo de lado para cuidar da saúde.
A aposentada Geni Gonçalves, de 71 anos, frequenta a academia há cerca de 6 meses. “Eu sentia dores no joelho e comecei por recomendação médica. Elas foram desaparecendo e a atividade me deu disposição. Estou até me sentindo com mais resistência física. Além disso, ficava sozinha em casa e sentia falta de conversar com alguém. Na academia, a gente se diverte, faz amigos e isso melhora nossa saúde e bem-estar. Já tomei 3 doses da vacina contra COVID e sempre uso máscara para me proteger”, relata.
De acordo com a personal trainer Luana Vasconcelos, fazer uma atividade física traz diversos benefícios para a saúde, principalmente, para o público da terceira idade. “É importante que o idoso só comece a se exercitar depois de passar por uma avaliação completa de um profissional de saúde. Eles podem frequentar a academia de 2 a 3 vezes por semana e descansar nos outros dias para recuperar o corpo”
Muitos pensam que os idosos só podem praticar exercícios aeróbicos, como a hidroginástica. “Isso é uma ideia que todos têm, inclusive, alguns profissionais ficam limitados somente nessa área. Na verdade, a terceira idade pode fazer qualquer atividade. Eles também procuram a academia para melhorar o condicionamento físico, alongamento e até treinos musculares”, afirma.
Luana alerta que o estabelecimento deve oferecer uma estrutura adequada, sobretudo, profissionais experientes. “É preciso ter as instalações acessíveis com rampas ou elevadores. O personal que vai lidar com esse público tem que ter paciência, disposição e amor pela profissão. Além de trabalhar o lado físico, existe a parte psicológica e social que também estão envolvidas”.
Ela explica que o exercício físico aumenta a autonomia e a independência do idoso. “Muitas vezes, eles fazem por orientação médica, mas, além disso, buscam aumentar a resistência para os afazeres domésticos, poder ter mais equilíbrio e saírem de casa sozinhos para as compras. A academia também é um local em que podem conversar e fazer novas amizades”, finaliza.