A alopecia causa perda de fios do couro cabeludo ou de pelos de qualquer outra região do corpo em grandes quantidades. Estima-se que a condição afeta cerca de 2% da população mundial. A queda capilar acomete tanto homens quanto mulheres e pode ser causada por diversos fatores. A questão mexe com a autoestima de ambos os sexos, mas existem tratamentos modernos que podem amenizar o problema.
Segundo explica a médica residente em dermatologia Mariana Drummond, o principal indicativo de alopecia é a perda de mais de 100 fios por dia. “Isso pode ser notado ao encontrar muito cabelo no travesseiro, quando se lava, penteia ou passa a mão pelos fios. Outro sinal que ajuda a identificar é quando são visualizados no couro cabeludo regiões com pouco ou nenhum fio”.
As possíveis causas podem acontecer devido a diversas situações e dependem do tipo de alopecia. “A areata é causada por fatores autoimunes ou emocionais. Ela é caracterizada por intensa queda em determinadas áreas, resultando no aparecimento de placas redondas no couro cabeludo com ausência de pelo. Esse é o tipo que atinge Jada Pinkett Smith, esposa do ator Will Smith”.
Ainda de acordo com a dermatologista, a androgenética é causada por fatores genéticos ou hormonais. “Essa é mais comum de aparecer nos homens. “Acomete 50% deles e 40% do sexo feminino em torno dos 50 anos. É caracterizada por calvície na região das entradas e coroa. Nas mulheres, a rarefação dos pelos é mais na região frontal indo em direção ao topo da cabeça”, esclarece.
Prevenção e tratamento
Mariana acrescenta que quando a causa da alopecia é genética, hereditária, imunológica ou hormonal, a prevenção se torna mais difícil. “Em todos os casos, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado previnem que a alopecia avance rapidamente e fique mais difusa. A avaliação de um dermatologista logo que surgirem os primeiros sinais é fundamental”.
Ela afirma que o tratamento será guiado de acordo com o tipo de alopecia. “Existem os orais, com o uso de finasterida, dutasterida, hidroxicloroquina, reposição vitamínica, entre outros. E também os tópicos, como minoxidil e corticoides. Além de lasers e a opção de fazer o transplante capilar. Contudo, cada caso deve ser individualizado e orientado pelo médico especialista”, conclui.
Autoestima
Para a psicóloga Gisele Borges, a queda de cabelo pode resultar na baixa autoestima de homens e mulheres. “Eles enfrentam repercussões pessoais e sociais que impactam negativamente em suas vidas. Os homens, especialmente adolescentes que começam a perder os cabelos mais cedo, acreditam que são menos atraentes. Muitos buscam esconder essa condição com o uso de bonés e são alvos constantes de piadas dos colegas. Parte deles podem sofres de quadros de ansiedade e depressão”.
Já no sexo feminino, ela afirma que o efeito é muito mais arrasador e afeta não só a autoestima, como também o bem-estar psicológico. “Os cabelos são símbolo de feminilidade e a perda dele pode ser algo mutilante para algumas mulheres, que não se veem mais atraentes e até passam a evitar o convívio social. É sempre bom buscar ajuda quando sentir que é necessário”, finaliza.
