De acordo com a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), o setor de feiras de negócios permite a movimentação anual de R$ 270 bilhões nas mais de 590 mil atividades que promove no país. A União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios (Ubrafe) aponta que, devido à COVID-19, o segmento deixou de gerar R$ 1,5 trilhão em volume de negócios sem a realização de feiras e eventos.
Uma análise também realizada pela Ubrafe mostra a relevância desse ramo para a economia nacional. Segundo o estudo, cada R$ 1 investido por empresas nesses eventos, com o objetivo de fazer novos negócios, resulta em um retorno de R$ 35 para as empresas expositoras.
Ainda conforme a pesquisa, dois em cada 3 visitantes tiveram novas ideias para seus negócios durante os eventos. A análise mostra que 8 em cada 10 participantes conhecem novos fornecedores e novas tecnologias durante as feiras. Por fim, três em cada 4 dão nota 8, 9 ou 10 para a importância desses eventos na vida profissional.
Desde agosto de 2021, quando esses eventos retornaram, o Brasil já sediou cerca de 3 mil feiras, totalizando um faturamento de R$ 24,5 bilhões. O presidente do Conselho de Administração da Ubrafe, Paulo Ventura, conta que a pandemia fez com que o setor tivesse queda no faturamento. “Além disso, amargamos também o baque administrativo das empresas do segmento que, com receita zero, tiveram que dispensar trabalhadores e, por fim, o impacto social com a exclusão de renda de mais de 100 mil profissionais”.
Ele acrescenta que o público recebeu bem o retorno das feiras. “O calendário de 2022 é superior ao de 2019, portanto, estamos otimistas quanto à retomada efetiva”.
Alexandre Araújo, diretor de uma empresa de eventos, também observou essa mudança de cenário. “Sempre acreditei que a retomada seria algo imediato. Tanto de entretenimento, quanto de negócios. No meu caso, o retorno foi no mês de outubro, em uma feira realizada em São Paulo. Além disso, tivemos a Professional Fair, realizada na semana passada, em Belo Horizonte, com mais pessoas pré-inscritas do que em 2019”.
Para ele, 2022 tem sido um ano de crescimento, perenidade do negócio e participação massiva, tanto de marcas, quanto de profissionais dos segmentos. “O fechamento fez todo o ramo se reestruturar, rever processos e analisar o mercado. A maior importância do setor de feiras é, justamente, a fomentação de negócios”.
A cabeleireira Renata Estoupa esteve na Professional Fair e, segundo ela, a visita foi a oportunidade de se atualizar. “Participei de alguns workshops e conheci muita gente. Além disso, tive acesso a novos fornecedores e adquiri produtos com melhores preços para as minhas clientes”, conclui.