Os atuais ocupantes de cargos públicos em Minas têm dito que é hora de cuidar das mazelas ocasionadas pela crise sanitária em nosso país e isso faz todo o sentido diante do número de contaminados e mortos. No entanto, esse é o discurso que serve para a população, nos bastidores dois nomes importantes, já estão trabalhando politicamente desde o início do ano: o governador Romeu Zema (Novo) e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD).
Recentemente, circulou a informação de que o prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão (PP), já havia aceitado a convocação de liderança para se colocar como alternativa à disputa pelo governo de Minas. Porém, existem outras figuras que, se aceitarem participar do pleito eleitoral do próximo ano, podem provocar mudanças no cenário.
Uma liderança vigorante é o prefeito de Betim, Vittorio Medioli (PSD), empresário de sucesso, político experiente, ex-deputado federal e, agora, já em seu segundo comando da cidade onde se localiza a Fiat, a maior indústria automobilística do país.
Entretanto, se tratando de nome expoente, surge Rubens Menin, uma das principais lideranças empresariais brasileiras. No que diz respeito à disputa estadual, se propala que ele não tem interesse político para o projeto do próximo ano. Contudo, Menin, Medioli, assim como o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda, fazem parte de uma lista de pessoas do mundo dos negócios com vieses políticos que, atualmente, está muito na moda tanto em Minas quanto no Brasil. Alguns exemplos são Kalil, Zema, Odelmo e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
O roteiro da sucessão mineira oscila em torno de dois nomes novos e com chances reais de brigar pela vitória: o do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), que precisa ser convencido de participar do pleito estadual. E o do presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Julvan Lacerda (MDB), que é uma liderança respeitada por prefeitos das mais diferentes regiões.
Outrossim, a imprensa de Minas passou a citar o nome do suplente de senador Alexandre Silveira (PSD) como alternativa para pleitear uma vaga ao Senado e, também, com possibilidade de ser candidato a vice-governador. Silveira já foi deputado federal por dois mandatos e é conceituado como um dos articuladores nos meandros do gabinete do presidente do Senado, embora seja suplente de Antonio Anastasia (PSD). Porém, como se comenta em quatro cantos dos rincões mineiros, Anastasia tomou ojeriza pela política partidária e estaria se preparando para ser membro do poder Judiciário.
Entre os partidos de esquerda, até o momento, o perfil conciliador do ex-prefeito de BH, Patrus Ananias (PT) tem sido o mais bem avaliado, visando uma peleja majoritária. Sobre esse tema, uma fonte ouvida pela reportagem garante que: “Patrus não vai anunciar qualquer decisão momentaneamente. A sua pretensão é aguardar a virada do ano para saber qual será o projeto do PT nacional e buscar atrelar a sua possível participação na política a um projeto eleitoral do ex-presidente Lula”.