Na foto: Valseni Braga, Roberto Gontijo, comandante da Marinha em Minas, Washington Luiz Vieira de Barros, e Paulo Cardoso
A CANETADA DE FACHIN – A grande pergunta feita pela maioria do povo brasileiro é se podemos acreditar no atual Supremo Tribunal Federal (STF). Uma Corte que, outro dia, determinou que todo condenado em segunda instância teria que iniciar o cumprimento da prisão. Logo depois, o mesmo Supremo promove outra votação e acaba com a sua própria decisão, solta o ex-presidente Lula e outros condenados que já estavam cumprindo suas penas. Os ministros do STF vivem dando entrevistas e adiantando seus votos em assuntos polêmicos. Agora, o ministro Luiz Edson Fachin resolveu anular todo o julgamento contra Lula em Curitiba, afirmando que o correto seria que o processo ocorresse com a Justiça federal de Brasília. Porque no momento que acontecia o julgamento do ex-presidente Lula e de outros apenados pela famosa Lava Jato, o mesmo ministro não tomou essa decisão? Ela veio só agora. No entanto, mesmo livre da sua penalidade, Lula continua nas barras da Justiça, porque o novo juiz federal de Brasília pode simplesmente reafirmar tudo aquilo que se fez em Curitiba ou promover outro processo, ouvindo novamente todos os envolvidos na Lava Jato, o que pode dar em excesso de prazo e todos serem inocentados por prescrição de tempo. Na verdade, a decisão do ministro Fachin mostra que há uma luta surda dentro do Supremo.
BOLSONARO EM SITUAÇÃO DIFÍCIL – O presidente da República, Jair Bolsonaro, fritou Sérgio Moro quando era seu ministro da Justiça, prometendo a ele uma indicação para o Supremo na primeira vaga que abrisse. A escolha de Moro para o Ministério da Justiça trouxe credibilidade ao governo de Bolsonaro. Ao desacreditar em seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, por puro ciúme, o presidente ganhou outro inimigo. Agora, ressurge Lula em seu pé e com sede de voto e eleição.
LILÁS É A COR – Os prefeitos da região metropolitana de Belo Horizonte se reuniram, em Vespasiano, convocados pela presidente da Granbel, Ilce Rocha (PSDB), e adotaram a onda lilás como protocolo contra a COVID-19. De 34 autoridades, apenas 21 compareceram e apoiaram a iniciativa de toque de recolher de 20h às 5h. O comércio nestas cidades continuará funcionando, mas as medidas de aferição de temperatura e lotação serão controladas. A propósito, os supermercados não poderão vender bebida alcoólica gelada durante esse período.
Da Cocheira
Apesar da decisão do prefeito Alexandre Kalil (PSD) de fechar a cidade, os ônibus continuaram cheios e os pontos dos coletivos aglomerados na região Central. Aliás, se o chefe do Executivo adotasse um horário para o comércio de 12h às 20h, de segunda a sexta, e um outro turno para o sábado, os lojistas não estariam reclamando e Kalil mostraria boa vontade com o empresariado.
Veja o nosso Supremo. Todos já sabiam da opinião do ministro Gilmar Mendes contra o ex-juiz Sérgio Moro. Parece que, para o Gilmar, não houve roubo na Petrobras e nem conluio das construtoras com os políticos do Brasil. Será que o ministro vai pedir a Petrobras para devolver o dinheiro que lhe foi roubado e devolvido?
Kalil (PSD) vem sendo aconselhado pelos assessores mais próximos que, se for mesmo concorrer ao Palácio Tiradentes, deixe o conforto do gabinete e viaje ao interior de Minas. A eleição para governador é bem diferente das últimas que ele disputou em Belo Horizonte. As lideranças do interior querem ter contato com o candidato.
Diante de tantos problemas, é de se perguntar: o que faz a Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (ARMBH)? É só cabide de emprego?