Nas últimas semanas, foram divulgadas pesquisas tendo em vista a sucessão para governador do Estado em 2018. Em verdade, as sondagens junto aos eleitores aconteceram antes da divulgação da lista de nomes envolvidos na Operação Lava Jato. Portanto, tudo que foi difundido pode não ter muito valor, pois, com certeza, a opinião pública já pensaria diferente neste final de mês diante da relação de nomes mencionados.
O governador Fernando Pimentel (PT), um dos incluídos, goza de boa popularidade, já que nos diversos cenários ele aparece sempre com uma margem de 20% de preferência.
Entrevistado pela imprensa diária de Belo Horizonte, o cientista político Oswaldo Dehon mencionou o fato do atual governador mineiro, embora com problemas na Justiça, está na dianteira da preferência quando o assunto é o pleito eleitoral do próximo ano. Isso é resultado de seu contato, permanente, com prefeitos e lideranças municipais e de sua presença em diversas regiões do Estado, cabedal político e de liderança que os demais concorrentes não tem.
Além disso, na região metropolitana, onde se concentra um terço do eleitorado, Pimentel contabiliza apoio de muitos prefeitos e ex-prefeitos, dois nomes fortes são: Alexandre Kalil, de Belo Horizonte, e do empresário e prefeito de Betim, Vittorio Medioli, ambos do PHS.
Outros nomes
Por enquanto, não se sabe o que irá acontecer no âmbito do PSDB. Cogita-se, inclusive, sobre a possibilidade do atual senador Aécio Neves ser candidato a deputado federal, só que com a finalidade de não perder o fórum privilegiado. Entretanto, ninguém sabe o que pensa o senador tucano Antonio Anastasia em relação ao próximo ano. Ele, depois de ser atingido pela Lava Jato, simplesmente saiu de cena.
No que diz respeito ao tucanato mineiro, há sugestões de que ele não deixe o partido ficar ainda menor do que hoje. Uma dessas ideias é talvez aproveitar o nome do ex-presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro (PP) como o seu provável candidato a governador.
Por seu turno, o PMDB, mesmo com a divisão notória entre os grupos do vice-governador Antônio Andrade e do presidente da Assembleia, Adalclever Lopes, a sigla continua forte, com quase duas centenas de prefeitos espalhados pelo Estado, dezenas de vereadores e diretórios em mais de 400 municípios. O nome sem mancha do partido é o parlamentar federal Rodrigo Pacheco, atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara Federal. Aliás, há um sinal indicando de que se ele não conquistar espaço no seu partido, pode migrar para outro grupo político, assim que a legislação permitir.
Vale enfatizar que, separadamente, dessas alianças e partidos, os nomes mais lembrados para a sucessão ao Palácio da Liberdade são o do governador Fernando Pimentel (PT); Antonio Anastasia (PSDB); Vittorio Medioli (PHS); Adalclever Lopes, Rodrigo Pacheco e Bruno Siqueira, todos do PMDB; Dinis Pinheiro (PP) e Marcio Lacerda (PSB).
Existe ainda uma expectativa do segmento produtivo mineiro em relação a uma possível candidatura do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado, embora ele negue, permanentemente, a intenção de se engajar na política partidária.