Não é novidade que a pandemia do novo coronavírus mudou o rumo de diversos setores, principalmente o da saúde. No Brasil, a imunização contra a COVID-19 começou em janeiro. No meio de abril, o Ministério da Saúde lançou a campanha de vacinação contra a gripe. O momento é inédito e traz um desafio: a imunização simultânea.
O clínico geral Diogo Umann afirma que “a gripe parece algo simples, mas há variações do vírus que podem trazer complicações. Além disso, o surto de H1N1 piora a condição respiratória pulmonar, especialmente de pessoas que estão com a imunidade baixa”.
Segundo o especialista, a vacinação contra a gripe pode ajudar a desafogar o sistema de saúde. “A imunização traz uma proteção contra o vírus Influenza, reduzindo o papel desencadeador de uma doença respiratória aguda”.
Umann alerta ainda sobre a importância de receber as duas doses da vacina contra a COVID-19. “Isso prolonga a proteção do nosso organismo frente ao vírus, portanto, é fundamental que a pessoa retorne ao posto de saúde no prazo indicado pela equipe que aplicou a primeira dose. A orientação geral, para o dia de se vacinar, é uso de máscara de proteção, distanciamento de 2 metros na fila, álcool em gel, além de evitar tocar em superfícies”.
Campanha em Minas
A coordenadora estadual do Programa de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Josianne Gusmão, esclarece que algumas alterações na ordem da imunização contra a gripe precisaram ser feitas. “A campanha foi dividida em etapas. A vacinação dos idosos e dos professores das escolas públicas e privadas foi incluída na segunda fase, que começa no dia 11 de maio e vai até o dia 8 de junho”.
Os idosos, que antes se vacinavam logo na primeira etapa, foram remanejados para possibilitar maior tempo para a imunização contra a COVID-19. “Além de ocorrer o intervalo mínimo de 14 dias, prazo preconizado entre as duas vacinas”.
Josianne acrescenta ainda que se a pessoa estiver incluída no grupo prioritário para a imunização contra a COVID-19 e Influenza, é recomendado se vacinar primeiro contra o coronavírus. “Esse intervalo é necessário para que seja possível avaliar algum evento adverso referente a cada imunizante. Caso a pessoa apresente algum sintoma, será possível identificar a vacina administrada”.
Segundo ela, os imunizantes contra a gripe e a COVID-19 reduzem as complicações, internações e a mortalidade decorrentes das infecções ocasionadas pelas duas doenças. “É essencial que os públicos prioritários compareçam às Unidades Básicas de Saúde nas etapas programadas”.