Embora não pareça, o Brasil enfrenta uma verdadeira guerra contra os comandantes do setor de alimentos no país. Mesmo com reuniões, promessas e ações do governo, os preços continuam assustando a população e a questão da alimentação virou manchete. Alguns aproveitam da situação e vão para as redes sociais fazer críticas apelando para a popularidade. Uns extrapolam e mostram que não entendem de política, marketing e nem de humor, como o caso do governador Romeu Zema, que apareceu na telinha comendo banana com casca, coisa de uma imbecilidade sem tamanho.
Tirando a politicagem e os oportunistas, a verdade é que alguma coisa precisa ser feita. O que leva o cidadão pagar R$ 9 ou R$ 10 o quilo do tomate, quando os produtores, alegando prejuízos, jogam fora caminhões do produto? É inaceitável. Eu bato perna a tarde inteira durante a semana entre um e outro supermercado (diversão que gosto) e sacolões. Desde os populares até os mais sofisticados que vendem produtos mais especiais, como algumas frutas exóticas. Nessa rotina vejo as diferenças.
Existe uma rede de supermercados em Belo Horizonte que nas quartas-feiras promove ofertas com excelentes produtos. Lá é fácil achar tomates a R$ 1,90 o quilo, batata a R$ 2,40 e cebola a R$ 1,99. Dá para fazer a feira da semana. O que não consigo imaginar é como que no sacolão do meu bairro o tomate custa R$ 9,80. E o café? Virou artigo de luxo. Já foi o tempo que se convidava um amigo para um cafezinho. O produto virou destaque nas gôndolas do supermercado e dependendo da qualidade técnica da produção pode custar até R$ 80 o quilo.
Recentemente, em Brasília, a politicagem barrou a retirada dos impostos dos produtos da cesta básica. Se isso faz bem para a população, por que deputados da oposição não aprovaram? Simplesmente para prejudicar o programa do governo. O povo é apenas um detalhe. Mas, enquanto perdura essa briga de interesses, a comida vai ficando escassa na mesa dos brasileiros. A alternativa é, como já disse, buscar produtos mais baratos. Apesar disso tudo, os grupos que comandam as grandes redes de atacadistas de alimentação crescem como erva daninha.
Todos os dias estamos assistindo através da imprensa transações envolvendo a compra e venda de redes de supermercados por valores inimagináveis. É dinheiro para perder de vista. Nessa onda é comum, em alguns bairros de Belo Horizonte, as pessoas terem opção de escolha de diferentes supermercados. Nos bairros de maior poder aquisitivo, existem de 3 a 4 redes oferecendo seus serviços, além de um incontável número de hortifrutigranjeiros. Mesmo assim, a população não consegue boas opções de preços. A solução é encarar e comer o pão que o diabo amassou.
Pitaco 1: O Carnaval vai batendo à porta. Neste sábado tem o “Bloco Pescoção” e o “Quem Ama não Mata”. Concentração na Avenida Álvares Cabral, na porta do Sindicato dos Jornalistas. Viva a folia!
Pitaco 2: Torcedores achavam que o Cruzeiro iria melhorar com a instalação da SAF. O clube tem dinheiro, mas como tem fofoca, tudo vira assunto, menos o futebol. Até ex-mulher de jogador dá pitaco.
Pitaco 3: Apareceu uma pesquisa para presidência da República, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro aparece em primeiro lugar, mesmo sendo inelegível. Temos que perguntar ao Xandão: isso pode?