A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) terá um papel preponderante no auxílio às negociações para minimizar o impacto das medidas do governo norte- -americano, que decidiu taxar em 25% os produtos siderúrgicos no Brasil. A decisão oficial significa conflito direto para Minas Gerais, um dos estados com maior índice de produção de aço, com exportações milionárias para outros continentes, inclusive Estados Unidos.
É sempre bom ressaltar que a Fiemg, com seus 92 anos de tradição na liderança do segmento industrial mineiro, deve ser reconhecida como vanguardista nos primórdios dos projetos visando o desenvolvimento do Estado, esteio de hoje no posicionamento positivo perante o mercado nacional, ostentando um Parque Industrial efetivo, especialmente no setor automotivo, perpassando pela capacidade minerária, e também pelas áreas de inovação e tecnologia, sendo referência brasileira na fabricação de produtos relacionados ao mundo aeroespacial, eletrônico e soluções digitais.
Espera-se por uma solução diplomática entre Brasil e Estados Unidos para evitar perdas substanciais, já que a taxação de 25% no aço terá uma incidência maior no mercado mineiro, exatamente por conta de nossa destacada produção no setor siderúrgico.
O presidente da Fiemg, empresário Flávio Roscoe, não se negará a engajar nesse assunto. Afinal, estamos nos referindo a um dirigente que representa uma entidade fundada em 1933, e pelos dados probatórios, escalou uma onda de crescimento sem igual ao longo dessas décadas. Desde 1940, o Sistema investe na educação e na capacitação de profissionais. Atualmente, cerca de 250 mil alunos estudam nas escolas SESI Senai, com mais de 1 milhão de matrículas por ano. Também está previsto um investimento de R$ 1,2 bilhão na modernização do ensino em todo o Estado.
Recentemente, tópicos difundidos pela Federação pontuaram que muito além do apoio à indústria, o Sistema Fiemg desempenha um papel essencial na defesa de políticas públicas, com a finalidade de reforçar o crescimento econômico, apoiando as pequenas e médias empresas.
As exportações do aço mineiro, especialmente para os Estados Unidos, geram divisas aos cofres públicos e garantem empregos. Portanto, buscar apoio de lideranças para destravar essa imposição internacional é garantir a continuidade de um projeto vitorioso das nossas empresas. É hora de Minas romper o silêncio e lutar pelos seus interesses.