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Salvemos o Rio Grande do Sul

Não é de hoje que a ciência vem alertando que o planeta Terra pede socorro, embora seus habitantes, especialmente as autoridades públicas, não tenham o zelo necessário e empurram o dilema para as gerações futuras. A natureza está mostrando a sua força e provocando estragos.

Especificamente no triste e lamentável episódio no Rio Grande do Sul, pode ter ocorrido uma série de incoerências. E, se o fenômeno do desequilíbrio do meio ambiente é mundial, seria plausível que ações isoladas se manifestassem inócuas contra essa realidade. Outrossim, algumas medidas deveriam ter sido tomadas ao longo dos anos. Sabidamente, a cidade de Porto Alegre está localizada em uma planície. Moradias não poderiam ser construídas em áreas próximas ao curso d’água.

Neste sentido, entra em cena a administração pública, que nunca é capaz de tomar providências para evitar aglomerações, onde as construções ficam penduradas em encostas e morros, desabando quando acontecem chuvas mais intensas. Não houve planejamento no passado, agora, muitas cidades e bairros em municípios diversos daquele estado do Sul do país terão que ser reconstruídos. Se os alertas dos cientistas tivessem sido avaliados como preocupantes, certamente, esse flagelo humano poderia ter sido minimizado.

Recentemente, aconteceu a seca histórica dos rios da região Amazônica. No entanto, empurram para baixo da tempestade os informes indicando que o curso d’água no Centro-Oeste está diminuindo. O Pantanal Brasileiro arde em queimadas, enquanto o Nordeste do país é um constante desassossego devido à falta de chuvas em períodos regulares.

Fica difícil debater aqui as decisões oficiais dos governos dos países civilizados, no sentido de minorar esse drama do aquecimento global. Mas, não se pode negar que alertas têm sido emitidos também a respeito das diversidades climáticas no Brasil.

Em 1978, durante evento realizado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, na sede da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), uma das palestrantes disse que em 100 anos, a região Norte mineira, no entorno de Montes Claros, seria transformada em um mini deserto. Isso por conta da escassez de chuvas, calor cada vez mais intenso, diminuindo a vazão dos cursos dos rios e aumentando as estações de seca na localidade. Mas o importante agora é o apoio de todos para reconstruir o Estado do Rio Grande do Sul.