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Comer a cada 3 horas ou jejum: qual o melhor para emagrecer?

Antes de seguir qualquer dieta, é necessária a orientação de um profissional / Foto: Freepik.com

Os últimos anos têm sido marcados por uma discussão sobre dois métodos alimentares opostos: a alimentação frequente de 3 em 3 horas e o jejum intermitente. Cada um deles tem seus benefícios e desvantagens, mas o processo de emagrecimento ainda envolve mitos e verdades que podem gerar dúvidas. Seja qualquer uma das opções escolhida, a avalição profissional é necessária para verificar a saúde geral do cidadão.

De acordo com a nutricionista Ludmila Reis, a recomendação de comer de 3 em 3 horas não é indicada a qualquer pessoa. “Normalmente, fazemos essa sugestão para quem não possui uma rotina correta e faz apenas as principais refeições ao dia”, afirma.

Em relação a quantas vezes se alimentar ao dia, Ludmila lembra que a quantidade pode variar. “A recomendação são 5 a 6 refeições para manter o metabolismo funcionando, os índices glicêmicos adequados e promover os alertas de fome e saciedade de forma natural”.

A nutricionista aponta que essa prática de comer a cada três horas pode ajudar a não exagerar no consumo de alimentos. “Caso a pessoa não tenha fome na hora em que deveria se alimentar, não é necessário insistir. “O que deve ser feito é levar em conta os sinais de saciedade do organismo”, finaliza.

Jejum intermitente

O nutricionista Acácio Barros explica que o jejum intermitente “é um plano dietético caracterizado pela redução na ingestão energética, usando um período de jejum alternado com o consumo livre de alimentos. A forma mais comum consiste em horas de jejum seguidas, e oportunidades de ingestão livre em um mesmo dia.

Dentre os pontos positivos dessa prática, Barros cita a redução significativa na glicemia, consequentemente, o risco do diabetes é menor. “Também influência nos ritmos circadianos, por exemplo, no horário em que o alimento é oferecido, tem melhora na atenção do indivíduo, comparado com o período de jejum”.

No caso do jejum, Barros lembra que “o nutricionista é quem avalia se existe a necessidade de aplicar esse método e qual seria o melhor tempo de janela para não prejudicar o metabolismo da pessoa. Não deve se pensar somente em emagrecimento, pois o jejum prolongado é prejudicial à manutenção da massa muscular”.

Controvérsias

Antes de seguir qualquer dieta, é necessário o acompanhamento de um profissional, pois cada organismo é diferente. E as duas dietas possuem pontos positivos e negativos. Uma alimentação a cada três horas tem algumas consequências. “Há aumento do consumo calórico, ausência de fome natural e sobrecarga do sistema digestivo, especialmente se as refeições forem volumosas ou ricas em gorduras e proteínas. Isso pode causar azia, desconforto ou indigestão”, esclarece Barros.

Já ao realizar o jejum intermitente, o tempo máximo que uma pessoa pode ficar sem comer é de 24 horas. De acordo com o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), os efeitos negativos são elevação dos radicais livres e da secreção de insulina no pâncreas, redução da ilhota pancreática da resposta à insulina, grande aumento da dimensão do estômago, diminuição da massa magra e avanço da quantidade de gordura geral.