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Inadimplência das empresas de BH é menor que as do Estado

A quantidade de dívidas vem diminuindo nos últimos meses – Foto: Freepik.com

Um levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), a partir de dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mostrou que a taxa de inadimplência das empresas da capital é menor se comparada com Minas Gerais. Em fevereiro, o número era de 2,6%, enquanto no Estado ficou em 6,71%.

Ainda de acordo com a pesquisa, cada negócio em BH devia, em média, R$ 5.761,27. Já em Minas, o valor é de R$ 6.339,70. As principais dívidas dos empresários são em serviços de comunicação, contas de água e energia elétrica, bancos e comércio.

O setor de serviços (52,34%) apresentou a maior quantidade de estabelecimentos negativados em Belo Horizonte. Seguido por comércio (29,66%), indústria (6,57%) e agricultura (0,14%). O cenário se repete a nível estadual, porém, com menores taxas. Serviços é o principal, com 42,98%. Na sequência, comércio (35,63%), indústria (8,86%) e agricultura (0,44%).

A economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos, explica que a taxa de endividamento das empresas em Belo Horizonte e em Minas Gerais vem desacelerando desde o ano passado. “Essa redução acontece devido ao atual momento econômico do Brasil. A taxa de juros menor possibilitou que as empresas negociassem suas dívidas com melhor valor”.

O endividamento das empresas na capital em fevereiro foi 3,67% maior comparado com o mesmo mês de 2023. Por outro lado, em relação a janeiro de 2024, fevereiro apresentou uma queda de 2,65%. A redução também foi percebida em nível estadual. Em janeiro deste ano, a taxa de inadimplência era de 10,33% e passou para 7,99% em fevereiro.

Ana Paula salienta que o aumento do consumo permite que as empresas consigam quitar as suas pendências financeiras. “A circulação do dinheiro impacta no fluxo de capital, sendo um sinal positivo que leva ao pagamento das dívidas”.

Para o restante do ano, a economista avalia que a taxa de inadimplência continue em patamares menores do que nos últimos anos. “Estava em escalada crescente, porque a atividade econômica está se recuperando, consequentemente, as companhias estão quitando seus débitos”.

“Espero que esse ano a taxa fique dentro dos patamares aceitáveis e não prejudique a saúde econômica das empresas. É difícil uma inadimplência zero porque existe a falta de planejamento financeiro, que acaba gerando maus pagadores e também fatores internos dentro de uma gestão empresarial”, conclui.