Uma frase que é bastante escutada nos corredores da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) é que “do ponto de vista eleitoral, 2021 terminou e 2022 já começou”. Isso se refere, principalmente, quando o assunto é analisar a sucessão estadual do próximo ano.
Atualmente, como se verifica, há um verdadeiro embate da Câmara de Vereadores de Belo Horizonte (CMBH) contra o prefeito da capital mineira, Alexandre Kalil (PSD). Mas, como ele mesmo diz, são denúncias alimentadas ao sabor de quem está imbuído na discussão do pleito majoritário e, por conta dos projetos políticos, com objetivo de colocá-lo contra a opinião pública e desgastá-lo.
Alheio ao tema, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, ao assinar a ficha de filiação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ao seu partido, aproveitou para declarar à imprensa: “Em Minas, o prefeito de BH vai ser candidato a governador, até porque se trata de uma pessoa com cerca de 80% de popularidade na cidade”.
Kalil e Gabriel
No entanto, segundo informações de bastidores, essa avalanche de relatos contra Kalil tem sido monitorada diretamente por membros palacianos, mais precisamente, da ala política do governador Romeu Zema (Novo).
No que diz respeito à eleição para a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), políticos experientes avaliam que não é apenas a sucessão ao Palácio Tiradentes que está em jogo. Para eles, a própria sucessão de Kalil, daqui a 3 anos, também está em pauta. E veja a ironia: quem busca notoriedade popular para tentar sucedê-lo é o vereador Gabriel Azevedo, o mesmo que na primeira eleição do atual prefeito foi um dos coordenadores da campanha, com elevado grau de influência.
Relativamente às acusações, vindas da CMBH, os jornalistas da crônica política lembram que grande parte delas, em especial, sobre as delações, tem o DNA do ex-chefe de Gabinete da PBH, Alberto Lage. E é importante ressaltar que ele e o vereador Gabriel são velhos parceiros, desde os tempos em que os dois atuavam na militância jovem do PSDB, quando, para se destacarem, usavam enormes chapéus Panamá, difundindo os ideais dos tucanos em Minas Gerais.