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Mercado pet espera faturar R$ 36,2 bilhões até fim de ano

Atualmente, os animais de estimação são considerados como membros da família e, como tais, possuem demandas financeiras. Uma prova disso é que, segundo dados divulgados pelo Instituto Pet Brasil (IPB), o mercado pet nacional deverá fechar este ano com um faturamento de R$ 36,2 bilhões. Isso representa crescimento de 5,4% sobre o faturamento consolidado de 2018, de R$ 34,4 milhões. A projeção indica aquecimento ainda maior do setor em relação ao ano passado, quando a alta foi de 4,6% sobre 2017.  

Desde 2013, ano de início da pesquisa feita pelo IPB, o faturamento tem registrado crescimento. Se a expectativa deste ano se consolidar, o mercado pet terá alcançado um crescimento de 49% em 7 anos. “A receita para este ano representa 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse número é bem significativo, pois supera os segmentos de utilidades domésticas e de automação industrial”, explica Martina Campos, diretora-executiva do IPB.

Os segmentos que deverão lucrar mais serão pet food, com arrecadação de R$ 16,14 bilhões (ou 44,6% sobre o valor total); vendas de animais, com projeção de R$ 4,41 bilhões (12,2%), serviços veterinários (11,7%), serviços gerais (11,3%) e produtos veterinários (11,1%). Fechando a conta vêm pet care (5,1%) e comércio eletrônico (4%). “O custo médio por mês para cães é de R$ 342,19 e, para os felinos, o cálculo para gatos adultos é de cerca de R$ 205,94. O gasto mensal cresceu 1% e 5%, respectivamente, de 2018 para 2019. Os números são baixos, em relação à média histórica entre 2015 e este ano. Nesse período mais longo, a média é de alta de 10% para cães, e 9% para gatos”.

Mercado de trabalho 

Ainda segundo informações do IPB, em 2018, havia 162.148 estabelecimentos do setor pet, sendo que a maioria são de cadeias de distribuição (93,3%), ou seja, pontos de vendas. O restante dos locais é composto por indústrias (0,4%) e criadouros (6,4%). “Nossa estimativa é que os empregos gerados, considerando tanto o setor formal quanto o informal, alcançaram a aproximadamente 2 milhões no Brasil. A ampla maioria concentra-se nos criadouros legalizados”.

Destacam-se também ainda os setores da indústria e o especializado, que compreendem empregos com maior qualificação e formalização e que, juntos, representaram mais de 110 mil empregos no ano passado.

Além disso, novos serviços e mercados estão se abrindo. “Por conta dessa ‘humanização’, uma das principais tendências são serviços como as creches e hotéis para pets, cada vez mais especializados, além de ofertas como dog walkers e ‘babás’. O uso de aplicativos para contratação dos serviços ou com dicas de adestramento, por exemplo, também já é uma realidade. Outra tendência são as clínicas e hospitais especializados em felinos, pois cresce cada vez mais o número de pessoas e famílias que optam pelo gato. Um dos motivos para isso é que esse é um animal que exige menos tempo dos tutores e os gastos são menores”.

Martina diz ainda que essa transformação está cada vez mais evidente e isso faz com que as pessoas queiram oferecer produtos de melhor qualidade para o pet, além de querer mantê-lo próximo em diferentes ocasiões, como viagens e até estadias em hotéis que aceitam cães, por exemplo. “A demanda foi detectada pelo mercado, que não para de se especializar. Trata-se de um setor dinâmico que permite muita criatividade ao empreendedor e, apesar dos desafios, não existe previsão que ele se retraia nos próximos anos. A população, de maneira geral, sempre vai se interessar por animais de estimação e buscar um pet apropriado para seu ritmo de vida e família”.

Para finalizar, a diretora-executiva ressalta ainda que, apesar do bom desempenho do setor, a alta carga tributária ainda é um desafio. “Para se ter uma ideia, pelas regras atuais, entre Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e Programas de Integração Social e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins), os impostos da nossa indústria chegam a 51,2% do preço total. Isso é bastante pois, em termos práticos, a cada R$ 1 pago pelo consumidor final, mais de 50 centavos são compostos somente de tributos. Um dos grandes entraves é o fato de que a alimentação pet, por exemplo, é considerada produto supérfluo. No entanto, somente o alimento completo supre todas as necessidades nutricionais dos animais”.

Rotina com os pets 

Vivi é uma das cachorrinhas resgatadas pela Joice
Vivi é uma das cachorrinhas resgatadas pela Joice

A psicóloga e protetora de animais Joice Pereira possui um alto gasto mensal com os seus pets. Tutora de 7 cães e 2 gatos, sendo que todos têm algum problema de saúde e um cão e um gato são deficientes, ela estima que desembolse, aproximadamente, R$ 1 mil por mês. “Esse valor é quando estão todos saudáveis. Mas, para se ter ideia, apenas com ração, pago R$ 176,60 na hipoalergênica, R$ 176,80 na renal e R$ 124,10 para a do gato. Detalhe, esse preço é de custo, pois uma amiga compra pra mim os pacotes de 7,5kg. Se fosse na loja mesmo, estaria mais ‘frita’ ainda”.

Como alternativa para custear esses gastos, Joice oferece o serviço de hotelzinho para cães em sua casa. “Para dar conta de pagar tudo isso, trabalho 25 horas por dia. Não é fácil, mas graças a Deus vamos vencendo dia após dia e abrindo mão de muitas coisas por eles”, finaliza.


Conheça mais os serviços pets prestados pela Joice. Acesse o Instagram @joicecaldeirapereira ou entre em contato pelo telefone (31) 99941-7864