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Começa a dança no tabuleiro da sucessão para próximo ano

Faltando um ano para as eleições de 2018, as peças do tabuleiro começam a se movimentar, especialmente no que diz respeito à sucessão para o governo de Minas e as duas cadeiras no Senado.

Em Brasília, os contatos visam preservar o futuro político do senador Aécio Neves (PSDB). A janela do diálogo do tucano com setores do PT de Minas está sendo, entre outros escaninhos, por intermédio do deputado federal Gabriel Guimarães (PT). A tese dos amigos de Aécio é de que, até o final do ano, ele estará livre das pesadas denúncias que pairam sobre o seu nome, deixando-o habilitando a buscar uma reeleição.

Para que haja sucesso na empreitada tucana, seria necessária uma aliança com o grupo do governador Fernando Pimentel (PT), cujo roteiro, em discussão, prevê evitar o lançamento de dois nomes competitivos para o Senado. Ou seja, o PT permaneceria apenas com a indicação do atual deputado federal Reginaldo Lopes. É bom rememorar que no próximo ano, os mandatos de Aécio e Zezé Perrella (PMDB) se encerram, abrindo então duas vagas para outubro de 2018.

Diante dessa configuração que começa a ser desenhada, sabe-se da nítida pretensão do grupo palaciano mineiro em reeleger Pimentel. O cargo de candidato a vice-governador poderá ser oferecido a Rodrigo Pacheco, desde que o mesmo permaneça no PMDB, com o intuito de reeditar a coligação entre PT e PMDB. Tendo por finalidade acomodar as forças peemedebistas, o atual vice-governador Antônio Andrade seria candidato a deputado federal, possível destino também do presidente da ALMG, Adalclever Lopes, mesmo que seu pai Mauro Lopes queira continua continuar como parlamentar. “Há espaço para ambos”, garante uma fonte.

Do lado petista, já parece certa a decisão de Guimarães em abandonar, temporariamente, a vida pública, podendo se tornar secretário de governo de Minas, a partir de fevereiro. O seu pai, o veterano Virgílio Guimarães, estaria pleiteando o seu retorno à lide política, como deputado estadual.

Do grupo que faz parte do governo estadual, fala-se abertamente na candidatura de Junior da Geloso, atual vice-presidente da Copasa, como candidato a federal. A novidade do momento, no entanto, seria uma candidatura da primeira-dama, jornalista e presidente do Servas, Carolina Pimentel, como um dos nomes com chance de disputar a Câmara, assunto que só será esmiuçado em fevereiro.

Esse redesenho para a disputa em Minas só deixará de fora, por enquanto, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda e o ex-presidente da ALMG, Dinis Pinheiro, que são pré-candidatos. Aliás, ambos não querem saber de discutir o assunto na cúpula. Eles estão viajando por todas as regiões do Estado, mantendo contatos com os prefeitos e outras lideranças municipais. Todo esse cenário poderá sofrer alteração a partir de uma possível decisão do senador Antonio Anastasia (PSDB) no sentido de autorizar a inclusão de seu nome na lista de pré-candidatos.

“Se o Anastasia surgir como candidato, optando pela linha de confronto entre PSDB e o PT, ele será derrotado. Mesmo porque, o tucano já não tem o tradicional prestígio de seu ninho”, ironiza um influente deputado do PT.