Um levantamento realizado pela imprensa diária de Belo Horizonte constatou que a Câmara de Vereadores, com 42 parlamentares, tem uma fraca atuação. Ao longo dos anos, o plenário só funciona 15 dias por mês. Deste modo, faltam informações sobre às tarefas executadas no período restante.
No âmbito da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG), com 77 deputados, uma curiosidade: os mais de 30 parlamentares eleitos na última legislatura não tiveram o desempenho esperado. A maior parte está conectada às redes sociais, conversando com um universo específico de seguidores e não dando à devida importância a população, que não sabe nada a respeito de seus projetos.
No passado existiam entidades que realizavam, nos finais de cada ano, a escolha dos melhores parlamentares. No entanto, atualmente, isso deixou de ser importante. Mas, mesmo assim, há aqueles que são mais influentes perante aos colegas. Nomes que além de serem bons de votos, pois se reelegem sucessivamente, demarcam terreno nos bastidores da Casa.
O próprio presidente da ALMG, Agostinho Patrus (PV), tem em suas mãos uma liderança indiscutível. Não há como negar seu prestígio diante de seus pares.
É importante citar também como referência o veterano parlamentar Hely Tarquínio (PV), considerado o mais velho entre eles, mas de uma invejável atuação.
Certamente, nessa lista outra vaga seria reservada ao deputado André Quintão (PT). Ele comanda o bloco de oposição ao governo, mas, diante de sua performance, se destaca como um líder.
De perfil silencioso, o parlamentar Inácio Franco (PV), além de ser próximo ao atual presidente, é muito ouvido pelos seus companheiros, uma vez que já tem duas décadas de experiência.
O produtor rural e deputado Antônio Carlos Arantes (PSDB) tem sido um exemplo de parlamentar, especialmente nesta legislatura, na qual tornou-se vice-presidente. Aliás, é sob seu comando que acontecem as reuniões plenárias.
Em seus sucessivos mandatos, o deputado do PTB, Arlen Santiago, teve a oportunidade de presidir importantes comissões técnicas e temáticas da ALMG. E, nesta legislatura, pertence ao quadro da Mesa Diretora.
De família tradicional na política belo-horizontina, Gustavo Valadares (PSDB) tem demonstrado coerência ao defender o atual governo, mesmo tendo ficado em lado oposto durante a eleição passada. Ele é tido como um político de fácil eloquência e respeitado perante os diversos grupos políticos. Os inimigos o consideram o parlamentar polêmico, enquanto as pessoas próximas o avaliam como um conhecedor.
Professor universitário e ex-vereador de BH, Sávio Souza Cruz, é um dos históricos nomes do MDB e, em duas décadas, tem se firmado como um político coerente, inclusive com seus princípios, uma espécie de bastião da moralidade pública.
De acordo com o que é disseminado pela imprensa, o deputado João Magalhães (MDB) mantém um bom relacionamento nos bastidores, o que o credencia como um aglutinador perante os seus pares. Cabe, ainda, nessa lista o deputado Alencar da Silveira (PDT), com mais de duas décadas de atuação.
Embora não seja da turma mais antiga, Luiz Tadeu Martins Leite (MDB), em seu terceiro mandato, é o atual primeiro secretário da ALMG, uma espécie de prefeito da Casa. Sua eleição foi bastante apoiada pelos colegas e vale dizer ainda que ele está se firmado como um líder nos meandros do parlamento mineiro.
No Sul de Minas, o deputado Dalmo Ribeiro (PSDB), campeão de votos, nunca perdeu uma eleição. “Ele é um agregador. Além do mais, tem fácil diálogo com os colegas”, comenta-se nos corredores da Casa.