Segundo informações dos meandros da política mineira, os prefeitos de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), e de Betim, Vittorio Medioli (Podemos), seriam preservados para o segundo turno das eleições de 2018.
No caso específico de Medioli, a “preservação” para um eventual segundo tempo do jogo sucessório acabou acontecendo agora. Aliás, ele foi demandado várias vezes, na semana passada, com a finalidade de ajudar na aliança política envolvendo o MDB, o Palácio da Liberdade e o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB). Esse acordo inclui também várias siglas menores, que estão fechando suas uniões nesse período de convenções partidárias.
Pessoas próximas ao chefe do executivo de Betim consideram que ele atua com desenvoltura no que diz respeito a esses pactos, principalmente, pelo fato de gostar de fazer política. “Trata-se de um cidadão realizado financeiramente. Não precisa de mandato eletivo para tocar sua vida. Portanto, sua presença nesses debates e entendimentos de bastidores relacionados à sucessão estadual vem de encontro com algo que ele sabe fazer: ser um empresário de sucesso, mas sem perder o gosto pela política partidária”, comenta um amigo.
O outro trunfo a ser usado em um possível segundo turno é o prefeito da capital. Com Kalil, a análise é completamente diferente: o ex-presidente do Galo, embora com popularidade por não nutrir desgaste no seu cargo eletivo, se nega a entrar no embate da sucessão. Portanto, se resolvesse, de uma hora para outra, subir ao palanque para pedir votos, poderia ser mal interpretado pelos eleitores belo-horizontinos. Contudo, os matemáticos da política mineira consideram que ele também possa ser um integrante da lista das boas reservas em uma eventual segunda etapa da eleição.
Josué Alencar
Deputados, analistas políticos e jornalistas ouvidos a respeito do empresário Josué Alencar, fizeram comentários mais ou menos na mesma linha. Para eles, trata-se de um cidadão bem sucedido no mundo dos negócios. Devido a essa realidade, ele tem declarado não ser de sua vontade se tornar um político profissional. Vem daí a tese para a escolha de seu nome.
“É o candidato a vice ideal. Não faz sombra a ninguém e não representa riscos. Afinal, depois do trauma vivenciando por Dilma Rousseff (PT) com Michel Temer (MDB) e do próprio governador Fernando Pimentel (PT) como seu vice Antônio Andrade (MDB), o ideal é escolher alguém mais sereno para não propalar brigas e desavenças futuras”, observou uma fonte a este repórter.
Se a opção incidir pela participação de eventual candidatura em Minas, Alencar seria também aproveitado para dividir e/ou equilibrar as forças produtivas aglutinadas nas grandes instituições, como Fiemg, Faemg, ACMinas, Fecomércio MG, entre outras entidades. As personalidades dessas organizações almejam apoiar um único nome ao governo de Minas. E apenas a presença de um representante do segmento empresarial na chapa faria com que houvesse uma partilha da fatia desse público formador de opinião.