Após desempenhar cargos como o de secretário-executivo do Ministério do Esporte, deputado federal, ouvidor-geral do Estado e de secretário de Estado de Desenvolvimento Integrado e Fóruns Regionais, Wadson Ribeiro (PCdoB) agora concorre ao cargo de prefeito de Belo Horizonte.
Em conversa com o Edição do Brasil, o candidato aponta a saúde pública primária como tema mais importante a ser tratado em sua campanha. “Os hospitais estão lotados e isso significa que a atenção à medicina preventiva não tem funcionado. Portanto, nossa diretriz é valorizar o sistema de saúde como um todo”.
Outro tema que requer atenção no plano de Wadson é o tempo para marcação de consultas. “As que demandam especialidades médicas acumulam uma grande fila na capital. Precisamos desenvolver mecanismos usando a telemedicina, melhorando a gestão nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), bem como triagens para priorizar casos que são mais urgentes. Por fim, criar uma cidade que trabalhe na prevenção de doenças, fazendo os índices de saúde melhorarem”.
As chuvas também são uma preocupação de Ribeiro. “BH foi construída concretando rios, nascentes e córregos. Tudo isso por falta de planejamento. O município está em um relevo alto e não tem meios de escoamento, o que ocasiona enchentes e deslizamentos. Precisamos de obras para conter isso, além de áreas que absorvam essas águas”.
Em sua opinião, a chuva escancara outro problema da capital: o de mobilidade urbana. “É uma raiz profunda. Acredito que a principal questão referente a isso é o sistema de transporte, visto que não há clareza sobre os ganhos que se obtêm hoje com as tarifas de passagem. Ele é exclusivamente financiado pelo usuário e isso é um absurdo”.
Para proporcionar a redução de tarifa, gratuidade nos domingos e feriados, bem como a estimulação do transporte público, o candidato visa uma auditoria da BHTrans. “Só assim saberemos o tamanho do problema, ou seja, qual o real valor que seria cobrado, além dos lucros dessas empresas. O poder público precisa ter um controle maior de algo que hoje é feito por companhias privadas”.
No que tange à educação, ele alerta para o tempo em que as crianças estão sem acesso às aulas devido à pandemia do coronavírus. “Isso vai ocasionar evasão escolar, por isso, meu lema é não deixar ninguém para trás. Outra prioridade é zerar a demanda na educação infantil, atualmente, 4 mil crianças aguardam por vagas. Será preciso a construção de novas creches, principalmente para dar apoio às mães que, muitas vezes, são chefes de família e provedoras do lar”.
Outra meta descrita é a de que toda criança e adolescente até 14 anos esteja em escola e conclua o ciclo. Ribeiro ainda destaca que quer dar atenção aos 55 mil adultos que, hoje, são analfabetos ou não alfabetizados na capital. “Além disso, pretendo equiparar o salário dos profissionais da educação infantil com os de ensino fundamental. É preciso valorizá-los”.
Postos de emprego também são prioridade. Segundo o candidato, Belo Horizonte não conseguiu atrair investimentos nos últimos 4 anos. “Para isso, pretendo retomar as obras paralisadas. Isso é importante, pois a construção civil é um bom indicador para a economia. Pretendo atrair também recursos para obras de infraestrutura necessárias na cidade, como as de enchentes, moradia e mobilidade urbana”.
Ribeiro visa ainda uma política de crédito em BH. “Acredito que a prefeitura tenha condições de fazer juros zero ou menores para subsidiar trabalhadores que necessitem de capital de giro para comprar mercadorias. Também vamos trabalhar com a política de transferência de renda, são 42 mil cidadãos em situação de pobreza. Cada real aplicado em projetos como esses está sendo mandado diretamente para a economia. Além de colocar mais recursos no município, valorizando o comércio local de modo a ter as pessoas mais ocupadas, com renda e consumindo, porque é isso que faz a economia girar”, completa.
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