A semana terminou sem que houvesse definição a respeito do projeto de Marcio Lacerda (PSB) em relação às eleições. No entanto, amigos informam que, em momento algum, ele deixou de ser concorrente ao Palácio da Liberdade e que as notícias relacionadas a outros projetos foram plantadas por seus adversários políticos.
Para além desse fato, os lacerdistas comemoraram a pesquisa encomendada pelo PDT, do Instituto Doxa que o apontou como 3º colocado, com 9% da preferência dos eleitores. Lacerda fica atrás apenas de Antonio Anastasia (PSDB), com 15% e Fernando Pimentel com 12%.
Segundo afirmam pessoas ligadas aos meandros da política, entre os três, o ex-prefeito da capital é o que menos tem rejeição e seu potencial de crescimento é enorme. Fora isso, ele não é tão conhecido em todas as regiões do estado e isso, na reta final, gera uma oportunidade de apoio dos eleitores, além de seus projetos e propostas.
No momento, Lacerda se fortalece como uma opção na denominada terceira via nas eleições majoritárias de Minas Gerais.
Preferência no Senado
No que diz respeito à disputa pelo Senado, o cenário mineiro é estranho: os dois primeiros colocados na pesquisa do Instituto Doxa, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), não definiram sobre suas respectivas candidaturas, pelo menos publicamente. Pela sondagem, Dilma lidera com 24%, seguida de Aécio, com 15%.
No Palácio da Liberdade já se observa uma aliança entre o governador Fernando Pimentel (PT) com o MDB. Neste caso, o grupo palaciano poder abrir mão da ex-presidente Dilma à Casa Alta do Congresso, mesmo porque, contra ela ainda existe a possibilidade de uma contestação na Justiça Eleitoral, já que a petista foi cassada do cargo de presidente da República e, segundo adversários, está inelegível.
Neste intervalo, volta-se a cogitar o nome do presidente da Assembleia, Adalclever Lopes (MDB) para a disputa no Senado, a partir da reedição da aliança PT/MDB. Mas, como tudo não passa de especulação, ele foi visto, semana passada, pedindo votos as lideranças municipais com o intuito de se reeleger como deputado estadual.
Entrentanto, confusa mesma é a situação de Aécio Neves. Ele, segundo a sondagem, é detentor de 15% da preferência dos pesquisados, porém, nos bastidores, a coordenação da campanha de Anastasia não quer ouvir falar sobre essa possibilidade de dividir palanque com seu ex-padrinho Aécio. “Toda vez que se fala no nome de Aécio para o Senado, a popularidade de Anastasia cai alguns pontos”, é a frase mais ouvida. Alias, já existem pessoas afirmando, nos bastidores, que caso Aécio decida pela recandidatura, tudo leva a crer que Anastasia abandone a disputa.
Em resumo, se Pimentel está desgastado politicamente, o senador tucano está detonado, especialmente pelo eleitorado jovem. Detalhe interessante: o denominado grupo aecista, por enquanto, não se manifesta sobre o assunto, mas também não desmente as manifestações relacionadas a sua possível participação nas eleições.