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Julho Verde: câncer de cabeça e pescoço representa 25% dos tumores malignos

O baixista e vocalista do Titãs, Branco Mello, anunciou em suas redes sociais que ficará afastado dos palcos devido a um tumor na laringe. Na mensagem, o músico diz estar firme, forte e confiante, chegando à metade de seu tratamento.

Julho é o mês escolhido para a campanha de conscientização à prevenção do câncer de cabeça e pescoço. Esse tipo representa 25% dos tumores malignos que atingem, principalmente, homens. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), ele está relacionado ao estilo de vida: o fumo e o álcool ainda são os principais fatores, com 90% dos casos associados a esses hábitos.

O INCA prevê, apenas no caso do câncer de boca, laringe e esôfago, 24.160 novos diagnósticos em 2018. Juntos, o câncer de cabeça e pescoço pode somar 40 mil novos casos. Isso corresponde a 4% de todos os pacientes com câncer no país.

O cirurgião da Seção de Cabeça e Pescoço do INCA, Ullyanov Toscano, enumera as áreas que podem ser afetadas por essa doença. “Lesões da tireoide, boca, língua, bochecha, céu da boca, faringe e laringe, além das peles dessa região”. Ele alerta que a incidência dessas lesões estão crescendo no país. “Já ocupa uma posição importante nas estatísticas, sendo o 5° câncer mais comum entre os homens. Dentre eles, o principal é a laringe”.

Toscano acrescenta que cada local apresenta um sintoma relacionado, mas que, de uma forma geral, o corpo dá sinais de um possível problema. “As pessoas devem ficar atentas a feridas e aftas que não cicatrizam e a presença de rouquidão que passam de 14 a 21 dias. Além disso, nódulos e caroços no pescoço também devem ser investigados. É importante que o paciente procure um especialista quando notar algo diferente”.

Os médicos não são os únicos que podem alertar o paciente acerca desse tipo de câncer. Por causa da região do corpo, os dentistas também podem ser aliados na prevenção. O cirurgião-dentista Helio Cano explica o porquê. “O corpo pode apresentar sinais da doença na boca, por meio de manchas de cores variáveis ou uma pinta que cresce, muda de forma e é dolorida”.

Segundo ele, muitas pessoas esquecem da boca. “As pessoas quando vão ao dentista focam apenas no dente e esquecem da bochecha, céu da boca, língua e gengiva. Tem regiões que é difícil visualizar e aí o dentista entra para auxiliar na avaliação. Uma das maiores incidências do câncer é na lateral da língua e no lábio inferior. No caso do lábio inferior, muitas vezes, está relacionado à exposição solar”.

[box title=”Em dia com a saúde” align=”center”]Os especialistas elucidam a importância de manter os exames em dia e sempre observar mudanças no corpo. Além disso, a ida no dentista é recomendada uma vez a cada 6 meses.[/box]

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