Que o Bitcoin é um bom investimento, apesar dos riscos, isso todo mundo já sabe. A novidade agora é que ele pode ser utilizado como moeda de troca para comprar produtos ou serviços, como fez o desenvolvedor de software Daniel Martins.
Ele foi para a Rússia acompanhar a Copa do Mundo e, como lá não aceitam as bandeiras de cartão de crédito mais comuns no mundo, optou por fazer algumas compras com a criptomoeda. “A cada dia, mais estabelecimentos e provedores de serviços estão aceitando as moedas digitais como forma de pagamento. Um exemplo no Brasil é a Viação Garcia, que aceita Bitcoin como forma de pagamento por passagens de ônibus”.
Martins afirma que prefere utilizar as criptomoedas devido a facilidade na transação. “O Bitcoin é um sistema de dinheiro digital ponta-a-ponta. Desta forma, as pessoas podem utilizar o sistema como moeda de troca, de forma descentralizada, sem precisar depender de uma entidade controladora. Por isso, utilizo-o com amigos e outras pessoas que também o usam como moeda de troca. Um exemplo foi quando paguei a conta de um bar de forma integral com cartão de crédito e recebi a metade em Bitcoin de um amigo”.
O desenvolvedor relata também que a criptomoeda o ajudou a custear parte da viagem para a Rússia. “Parte dos gastos da viagem à Copa do Mundo foram pagos com os lucros dos investimentos. Eles foram obtidos com a compra de Bitcoins e diversas outras criptomoedas”.
[box title=”Dicas para usar Bitcoins em compras: ” bg_color=”#6394bf” align=”center” text_color=”#000000″]
– Pesquisar em quais estabelecimentos ou empresas a moeda é aceita;
– Se é novo neste investimento, estudar seu funcionamento bem antes de começar a gastar Bitcoins;
– Lembrar de baixar a carteira mobile e aprender como operá-la;
– Fazer algumas transações teste antes de viajar para ver se está tudo funcionando bem;
– Se for comprar moedas para usar, fazer isso o quanto antes, pois a previsão é de aumento do Bitcoin com a chegada do mundial, devido ao aumento de volume das transações. [/box]
Entenda o que é criptomoeda
Criptomoeda é a denominação dada às moedas digitais. Elas são criadas por meio de um sistema de registro chamado blockchain, no qual permite que todas as transações sejam escritas nele. “A mineração é o serviço que algumas pessoas fazem para montar uma rede de validação do blockchain. Então, a medida que elas realizam esse trabalho, recebem criptomoedas por cada produto fechado ou transação validada dentro da cadeia. Isso mantém a rede funcionando”, explica o especialista em blockchain Guilherme Reis.
Ele explica que existem várias criptomoedas, mas que a mais conhecida e utilizada é o Bitcoin, pois foi a primeira a ser desenvolvida. “Todas as outras que vieram foram alguns anos depois dela, por isso está desbravando e mostrando para o mundo como esse sistema funciona e, além disso, as outras moedas surgiram a tendo como base”.
Reis afirma que a principal vantagem da criptomoeda é a segurança. “No Brasil, não há tanto benefício, pois o caminho ainda está sendo construído. Agora, no exterior, já tem vários pontos positivos, como é o caso da Rússia. A maioria dos estabelecimentos naquele país não recebem com Visa ou Mastercard, então, com as criptomoedas, consegue-se contornar essas barreiras. Outros lugares que têm bloqueio comercial, como Coreia do Norte e parte do Oriente Médio, isso também pode ser feito. Como é um dinheiro separado e não depende de um Banco Central, a transação fica mais fácil. Ademais, é uma ferramenta mais segura: como não está no banco, a chance de ser hackeado ou ter o dinheiro desvalorizado é menor”.
Investimentos
Vários especialistas acreditam que o Bitcoin é um bom investimento, pois ele é considerado como a moeda do futuro. Entretanto, para comprá-lo é necessário cautela e análise prévia. “É o próprio mercado que faz ele oscilar, então está sujeito a todas as incertezas. Há workshop e cursos que ajudam os investidores a preverem esse momentos e evitar perder dinheiro”, esclarece Reis.
Martins é um investidor e relata que, em janeiro de 2017, fez a primeira compra em uma corretora brasileira. “No mês seguinte notei uma valorização muito superior em relação à renda fixa e decidi comprar mais um pouco. Em março, fui verificar o valor do investimento e vi que o dinheiro de janeiro e fevereiro tinha rendido muito mais do que o aplicado no banco. Na época, o valor de um Bitcoin era mais ou menos US$ 1000 ou R$ 3500. Naquele mês, decidi retirar todo o meu dinheiro da renda fixa e comprar tudo em Bitcoin e descobri também outras criptomoedas, e, com elas, novas formas de diversificação de investimentos”.
[box title=”Veja algumas dicas antes de comprar Bitcoins: ” bg_color=”#6394bf” align=”center” text_color=”#000000″]
- Estude o mercado antes de investir;
- Não aposte apenas no período de alta;
- Diversifique os investimentos em várias criptomoedas. [/box]