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Velha guarda da política mineira ensaia volta em 2022

Com a tecnologia avançando, pensar naquela política tradicional, na qual os candidatos a cargos fazem campanhas baseadas no contato direto, com direito a “tapinha nas costas”, está ficando difícil em Minas Gerais. Alguns nomes que, antigamente, influenciaram neste combate podem não ter mais tanta importância num cenário em que os deputados são eleitos com base em seus seguidores nas redes sociais.

Contudo, não se pode negar a capacidade de liderança de alguns, como é o caso do ex-governador Alberto Pinto Coelho. Mesmo sem atividade política, ele continua atuando nos bastidores e se tornou uma espécie de conselheiro para quem quiser ser um homem público vitorioso.

O ex-prefeito Marcio Lacerda também é um nome influente. Mas, ainda são escassas as informações a respeito de seu futuro político. Os seus pequenos gestos têm apontado em direção ao pleito de 2022, neste caso, deixando o embate pela Prefeitura de Belo Horizonte para quem tiver com vontade de bater de frente com o atual chefe da cidade, Alexandre Kalil (PSD).

Para além de Alberto e Lacerda, existem outras figuras de destaque, mas que, atualmente, estão afastadas dos meandros políticos. É o caso, por exemplo, do ex-presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro. Agora cuidando de suas atividades empresariais, ele andou circulando ao lado de políticos de seu partido, o Solidariedade, nesse fim de ano, deixando transparecer a intenção de reativar o seu cabedal político.

Quem também ficou na crista da onda, durante 4 anos, foi o então presidente da Assembleia, Adalclever Lopes (MDB). Ao contrário dos demais nomes referidos, ele não chegou a formar um grupo político mais coeso e o resultado de sua postulação foi um completo fiasco na última eleição.

Ainda pode ser feita referência ao ex-deputado Pimenta da Veiga (PSDB), agora exilado em Brasília, além do ex-governador Fernando Pimentel (PT) que, atualmente, está envolto em problemas com a justiça. Aliás, o ex-chefe do Executivo, certamente, não tem pretensão de pleitear vaga sequer na Câmara Federal depois da decisão da Justiça Eleitoral, em primeira instância, de condená-lo a 10 anos e 6 meses de reclusão.

Há 3 anos, o nome do então vice-prefeito Délio Malheiros (PSD) era pura badalação em Belo Horizonte. Hoje, ele simplesmente desapareceu da cidade.

Ministro do Turismo e deputado federal mais votado de Minas Gerais, Marcelo Álvaro Antônio, não é um político explicitamente ligado às redes sociais, pois está na labuta há bem mais tempo. Porém, mantém-se afastado do dia a dia da política do estado e, essencialmente, dos acontecimentos da capital, em razão de seus compromissos. Mas, sua base eleitoral, especialmente em BH, tem sido invadida por seus adversários políticos.

A novidade a caminho de 2020 para a PBH pode ser a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Contudo, essa sugestão teria vindo de uma ala mais moderada da sigla em São Paulo. Sua possível candidatura à sucessão do atual prefeito ainda vai depender de muitas negociações, especialmente porque a essa altura, depois de sua derrota para o Senado, no ano passado, Dilma se afastou da cidade.

Os velhos nomes podem estar de volta, com nova roupagem, para participarem de projetos que garantam o contato com o poder público, mesmo que seja na qualidade de conselheiros.