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Aproximação das convenções aquece a sucessão municipal

Assim como os prefeitos das maiores cidades do estado, o chefe do Executivo da capital, Alexandre Kalil (PSD), considera o cúmulo tratar de assuntos políticos no atual momento, no qual o tema urgente é a COVID-19. No entanto, as convenções para escolha de candidatos estão marcadas para daqui a 30 dias, mesmo que por meio de votação eletrônica, os times estão sendo organizados com a finalidade de participarem do pleito deste ano. De Brasília, a tese dos congressistas e do próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é no sentido de apenas adiar a data da eleição, porém, com a sua realização ainda em 2020.

Dos maiores colégios eleitorais de Minas, apenas o prefeito de Contagem, Alex de Freitas, que poderia ser candidato a reeleição não irá colocar seu nome à disposição do eleitor, por entender que não tem popularidade para isto. Em diversos outros municípios, os atuais chefes do Executivo já estão em evidente articulação política como Odelmo Leão (PP), em Uberlândia; Alexandre Kalil (PSD), em Belo Horizonte; Humberto Souto (Cidadania), em Montes Claros; Vittorio Medioli, em Betim; e Antônio Almas (PSDB), em Juiz de Fora.

Caldeirão político em BH

A recente decisão do Partido dos Trabalhadores (PT) de lançar candidatura própria em Belo Horizonte foi o estopim que faltava para debates mais acirrados começarem nos bastidores. Aliás, o clima está mais instigado no âmbito do próprio PT para saber qual o nome será selecionado. Se esta escolha fosse anunciada hoje, a deputada estadual Beatriz Cerqueira deveria ser a apoiada. Com a definição do partido de entrar em cena, estaria formado o grupo de oposição ao prefeito Kalil. Em verdade, quem for representar os petistas se acoplará ao deputado estadual João Vitor Xavier (Cidadania), um hostil político e crítico da gestão do atual chefe do Executivo municipal. O parlamentar julga ser possível reunir mais 4 nomes que irão instigar o prefeito, inclusive, os candidatos das siglas mais à esquerda radical como o PSOL.

Por seu turno, o governador Romeu Zema (Novo) está bem avaliado politicamente, apesar da crise financeira do estado, nada fala em relação às eleições. No entanto, o Partido Novo já teria definido pelo nome do empresário Rodrigo Paiva para disputar a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) em 2020. O empresário Fabiano Lopes também já costura sua candidatura. Os ex-grandes partidos como o MDB buscam entendimentos mais expressivos para este embate. Consta, inclusive, que o ex-presidente da Assembleia, Adaclever Lopes, um dos caciques da sigla, já voltou a conversar politicamente com Kalil. Isso significa que os emedebistas podem caminhar na direção de alinhamento com o prefeito. O mesmo não ocorrerá em relação ao PSDB, pois os tucanos já confirmam a decisão de manter um nome próprio em novembro próximo.

Em verdade, as convenções se encerrarão no princípio de agosto, segundo o calendário eleitoral. Neste espaço de tempo, muitos acontecimentos ainda podem emergir deste caldeirão político. Na capital mineira, a popularidade do prefeito Alexandre Kalil é uma realidade, outrossim, existem muitos segmentos organizados interessados neste debate. Por conta desta realidade, pode haver nomes de última hora com preponderante potencial de votos, facilitando alteração no humor dos eleitores. Aliás, representantes do setor produtivo estiveram e estão de olho nas últimas eleições, onde empresários foram levados ao poder como o próprio Kalil, na PBH; Romeu Zema no governo do Estado; e João Doria (PSDB), em São Paulo. Especificamente em Belo Horizonte, podem sugerir pretendentes que ainda não figuram na lista de candidatos. Uma espécie de “nome” surpresa, com o objetivo aumentar os postulantes ao pleito deste ano.