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Eleição de Rodrigo Pacheco para presidir o Senado une políticos mineiros

A possível eleição do senador mineiro Rodrigo Pacheco (DEM) para a presidência do Senado é um orgulho para os mineiros. “Essa possibilidade reacende o protagonismo mineiro na cena nacional depois de mais de 45 anos, já que o último nome aqui do estado a presidir a Alta Casa do Congresso foi o então senador Magalhães Pinto”. É o que afirma o deputado estadual Arlen Santiago (PTB).

Ele relembrou a respeito da união da bancada dos senadores do PSD de Minas, destacando, por exemplo, o fato de, na última eleição, Pacheco ter disputado voto com o colega e senador Carlos Viana, porém, ao ser procurado para discutir o tema, Viana apoiou incondicionalmente a candidatura do democrata.

Ainda segundo o parlamentar, essa aderência dos políticos do PSD mineiro pode ter reflexos na eleição para o governo de Minas, daqui a menos de 2 anos.

Vice-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG), o deputado Antonio Carlos Arantes, (PSDB), demonstra entusiasmo quando indagado sobre a propalada eleição do senador mineiro. “Uma vez investido do cargo de presidente da Alta Casa, Pacheco vai fazer soar mais alto a voz e a vez de Minas Gerais em Brasília. Afinal, temos grandes demandas que estão paralisadas e a sua ida para o posto pode agilizá-las, como é o caso da duplicação da BR-381, ampliação do metrô, e outros projetos de interesse de nossos coestaduanos”.

Perfil de Pacheco

A incursão de Pacheco na vida pública começou com a eleição para a Câmara federal. À época, comentava-se muito sobre o seu bom desempenho de advogado criminalista e, em virtude dessa realidade, obteve um bom apoio de seus colegas advogados espalhados pelos quatro cantos do estado. Uma vez eleito, veio então o segundo embate político, desta vez como candidato a prefeito em Belo Horizonte, enfrentando Alexandre Kalil (PSD) com quem trocou farpas, mas Pacheco acabou perdendo o pleito naquela oportunidade. Na sequência, ele chegou a ensaiar a pretensão de disputar o governo de Minas, mas teria sido convencido pelo seu amigo, o senador Antonio Anastasia (PSD) a abrir mão para se tornar candidato ao Senado, no qual se saiu vitorioso.

Em Brasília, e, certamente, pelos seus reconhecidos conhecimentos jurídicos, de imediato se tornou presidente da influente Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), destacando-se no cenário nacional.

Se antes nutria bom relacionamento com os colegas advogados na capital federal, o parlamentar aumentou o seu círculo de contatos. Circula, em Brasília, que o seu encontro recente com o prefeito Kalil na residência da ministra e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, que fica em Belo Horizonte, foi uma obra de muitas mãos. A imprensa mencionou contatos neste sentido do presidente do PSD nacional, Gilberto Kassab, mas, segundo consta até mesmo o ministro da Corte Superior, Gilmar Mendes, teria proporcionado um empurrãozinho para isso acontecer.

Ao se lançar candidato, Pacheco se declarou livre, deixando claro o interesse em defender um Senado independente dos demais poderes. No entanto, 15 dias depois, o presidente Jair Bolsonaro deixou vazar em suas redes sociais a adesão ao mineiro. Assim, parece que seu projeto converge com muitas correntes ideológicas e não ideológicas e somente o tempo dirá para qual caminho o senador vai trilhar.