O circuito funcional é uma modalidade que tem ganhado força nas academias do país. Essa pode ser a atividade ideal para quem deseja se exercitar, mas sem a rotina comum dos exercícios de musculação. Trata-se de algo diferenciado e personalizado de acordo com os objetivos de cada pessoa.
O coordenador de musculação Fernando Oliveira explica que o circuito é composto de exercícios que se aproximam dos movimentos básicos humanos. “Ou seja, empurrar, agarrar e saltar. A ideia é que a pessoa faça uma atividade semelhante ao que faz no dia a dia, por isso, leva o nome de funcional. A prática se destaca de outras, pois pode ser montada conforme o que o aluno almeja: força, aeróbico, reabilitação e etc”.
Oliveira acrescenta que a modalidade melhora o condicionamento, composição corporal, aptidão física, ganho de massa e emagrecimento. “Porém, a grande vantagem, é a especificidade de a pessoa poder trabalhar exatamente no que deseja”. Foi exatamente isso que atraiu a advogada Marilene Zyon.
Ela conta que parou de frequentar a academia durante a pandemia, mas, para não ficar parada, iniciou a modalidade ao ar livre com o auxílio de um professor. “Ele traz os equipamentos necessários e monta o circuito na praça ao lado da minha casa. Eu me sinto muito mais motivada com o funcional do que dentro de um ambiente puxando peso”.
O educador físico Rady Duarte explica que, no geral, todos podem participar do treinamento funcional. “Mas, como todo exercício é fundamental obter uma opinião médica, principalmente para pessoas que têm algum problema de saúde. Além disso, é importante que o indivíduo se comprometa com a rotina e não pule o nível, pois isso pode aumentar os riscos de lesão”.
Ele comenta que os exercícios devem ser feitos de 4 a 5 vezes na semana e sempre supervisionado por um profissional de educação física. “E independentemente de ter ou não algum problema de saúde, é essencial que a pessoa faça uma avaliação prévia para evitar surpresas”.
Oliveira reforça que o auxílio profissional é indispensável. “A pessoa deve procurar um educador físico para ajudá-la nos exercícios e, ainda, evitar seguir perfis em redes sociais que ensinam a modalidade de forma genérica. É importante lembrar que a realidade de cada pessoa é diferente. Neste sentido, deve-se respeitar o corpo, condições e limites de cada um”, conclui.