
As rusgas entre os deputados estaduais do Partido Liberal, no âmbito da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), foram atenuadas para acomodar os protagonistas da cena. O motivo é validar o prosseguimento do trabalho interno, visando as indicações técnicas para as Comissões Permanentes da Casa. Porém, o final desse conflito ainda está longe de terminar, segundo analisam pessoas que militam nos bastidores da política mineira. Este pode ter sido o primeiro capítulo envolvendo a discórdia entre o grupo do PL, composto por 11 parlamentares.
Há uma informação, ainda em fase de especulação, mas com possibilidade de se tornar realidade, envolvendo a possível saída do ex-presidente Jair Bolsonaro da sigla. Se isso for confirmado, o tema irá reverberar imediatamente em Minas.
O deputado Bruno Engler, muito ligado à família do ex-presidente, e candidato derrotado à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) no ano passado, estaria por trás dessa tese de debandada de, pelo menos, cinco dos atuais deputados que acompanhariam o ex-chefe da nação no caminho de filiar-se ao PP.
Não se sabe a posição, especificamente a respeito dessa conjectura, por parte do deputado Antônio Carlos Arantes, um dos nomes fortes do bolsonarismo no Estado. Com vários mandatos representando o povo mineiro, o político é da ala moderada desse embate.
Por seu turno, outro parlamentar liberal, o atual primeiro-secretário da ALMG, Gustavo Santana, caso esse racha venha a se configurar, tende a seguir as orientações do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, com quem familiares de Santana mantêm uma boa relação de amizade.
Do ponto de vista do governo mineiro, a atuação dos assessores do governador Romeu Zema (Novo) foi intensa, no sentido de debelar essa fervura, até porque, os 11 deputados citados, até agora, fizeram toda a diferença no apoio e adesão incondicional à base de sustentação do Executivo estadual na Assembleia. “Vamos torcer para que tudo termine bem e sem maiores consequências, afinal, são apenas opiniões divergentes”, comentou o secretário de Governo, Gustavo Valadares.