O pickleball mistura tênis e pingue-pongue. Para jogar, basta uma bola, raquetes e uma quadra. O objetivo principal é o mesmo de outros esportes que também usam raquete: passar a bola por cima da rede e fazer com que o oponente não consiga devolvê-la.
A Federação Mundial de Pickleball (WPF) acredita que o esporte tem todos os atributos para ser um dos mais populares do mundo. É fácil de aprender, requer um investimento mínimo para começar e é adequado para crianças e até idosos, pois desenvolve os aspectos mentais, físicos e sociais da vida.
A modalidade chegou ao Brasil há alguns anos e Governador Valadares é destaque no esporte. O presidente da Associação Brasileira de Pickleball, Antônio Coelho, conta que a cidade sempre recebeu muito intercâmbio estudantil. “Uma amiga dos Estados Unidos, onde o pickleball é popular, me apresentou a prática e gostei bastante. Fiz uma quadra na minha casa e foi um sucesso. Em 2018, fundamos a Associação, com o objetivo de organizar torneios e atuar para o crescimento da atividade”.
“O pickleball já é jogado em vários estados do Brasil. Também estimulamos a formação de associações estaduais da modalidade. Recentemente, foi criada a Confederação Brasileira e o esporte ganhou ainda mais notoriedade. Promovemos todo ano, em agosto, um torneio latino-americano em Governador Valadares e vem gente do México, Venezuela, Colômbia, Peru e Uruguai”, acrescenta.
Em março deste ano, houve o primeiro torneio brasileiro de pickleball, em Belo Horizonte, com a participação de quase 200 jogadores do Brasil e também internacionais. Coelho afirma que, todos os anos, estão sendo criados campeonatos regionais em vários estados do país.
Benefícios
O pickleball ainda oferece benefícios para o corpo e a mente dos praticantes. “O esporte é muito inclusivo, além de ser uma atividade saudável que ajuda na disposição das pessoas”, diz Coelho.
O aposentado Vicente Maciel relata que desde quando começou na atividade se sente melhor para atividades do dia a dia. “Minha respiração está menos ofegante e tenho mais disposição e ânimo para fazer caminhadas, sair de casa sozinho e brincar com meus netos. Vejo que muitos idosos não costumam ter um espaço de socialização e ficam mais dentro de casa. E o esporte permite conhecer e integrar com pessoas da minha faixa etária”.