Segundo o relatório “Ano Esportivo”, realizado pela Strava, principal comunidade digital para pessoas ativas com mais de 120 milhões de atletas, o ciclismo foi o esporte mais praticado no Brasil ano passado. A publicação destaca as tendências globais e brasileiras entre esportistas de várias gerações. Foram considerados dados sobre o que os motiva, os obstáculos que enfrentam e seus diferentes interesses quando o assunto é se manterem ativos.
No cenário nacional, em segundo lugar, ficou a caminhada e, em terceiro, a corrida, seguida de mountain bikes, trail runs, trilhas, e treinos de força. As últimas três colocações foram ocupadas por natação, pedalada virtual (ou indoor) e patinação inline (oitava, nona e décima posição, respectivamente). Já mundialmente, o esporte mais carregado no aplicativo foi a corrida, enquanto a pedalada ocupou o segundo lugar, seguida de caminhada, trail run, mountain bike, trilha, pedalada virtual, treino, natação e esqui alpino.
Em um recorte por idade, observou-se que atletas de todas as gerações afirmaram que o principal motivo para se exercitarem com outras pessoas é a interação social. Mais da metade dos atletas da plataforma informaram que são estimulados, principalmente, por amigos ou familiares que praticam exercícios, e 77% dos atletas da geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) dizem sentir-se mais conectados uns aos outros ao ver as atividades de seus amigos ou familiares no Strava.
Quando se trata de obstáculos para se exercitar e manter uma rotina consistente, mais de dois terços dos atletas de todas as gerações e 61% dos brasileiros citaram a falta de tempo, provocada por demandas do trabalho, como a principal barreira. Outro fator de grande interferência foi o clima, com 75% dos atletas globais e 59% de brasileiros contando que o calor extremo de 2023 afetou seus planos de treinamentos, enquanto a má qualidade do ar foi mencionada por 27% dos esportistas no mundo e por 23% dos atletas no Brasil.
O professor de educação física, Marcos Silveira, explica que a prática de esportes pode diminuir conforme a idade. “A agenda apertada coincide justamente com a fase da vida de maior intensidade em atividades profissionais e educacionais. O foco na carreira, a vida urbana agitada e rotinas intensas fazem com que a prática de atividade física seja posta em segundo plano. A falta dela traz diversas consequências negativas, como ganho de gordura corporal, que está diretamente associado a problemas cardiovasculares, metabólicos, de coluna e articulações”.
A professora Magna Andrade conta que é adepta da caminhada e também do ciclismo quando consegue tempo livre. “Não gosto de academia e esses dois esportes são os que mais gosto. Mas não é sempre que tenho disponibilidade para praticá-los durante a semana devido ao meu trabalho”.
