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Exposição “Tão leve quanto o ar” leva esculturas de aço ao Palácio das Artes

Peças pesam entre 30 e 170 quilos / Foto: Renata Fonseca

 

Até o dia 28 de janeiro, o público poderá visitar a mostra “Tão leve quanto o ar”, do escultor Giovani Fantauzzi, na Galeria Aberta Amilcar de Castro e no hall de entrada do Palácio das Artes, no Centro de Belo Horizonte. Ao todo, são nove peças de médio e grande porte feitas com aço inoxidável e que pesam entre 30 e 170 quilos.

Fantuzzi conta que as peças disponíveis para essa exposição foram produzidas de acordo com a sua inspiração. “Tem itens que confeccionei há seis anos e outros que fiz recentemente”.

O interesse de Giovani em fazer as peças em aço se iniciou nos anos 1970, quando ele entrou na Escola Guignard. “Eu tinha aulas com as professoras Solange Botelho e Sara Ávila. A Solange dizia que o artista é aquele que capta as coisas que ninguém dá importância. Já a Sara dava aula de desenho de movimento em que a gente captava as pessoas movimentando e fazia diversos croquis. Em um ensaio da orquestra sinfônica, tinha lá um contrabaixo, que tem as quatro cordas bem grossas. Quando fui para a sala de escultura, peguei um rolo de arame e resolvi fazer uma maquete de mais ou menos 30 centímetros”.

O escultor disse que o público que irá visitar a mostra está autorizado a tocar nas peças expostas. “Pode pegar, passar por baixo, fotografar. Esse trabalho foi feito para isso. Não considero o meu trabalho de decoração, mas sim de registro”.

Ele lamenta que muitos ainda têm a ideia de que arte só pode ser consumida por pessoas que possuem dinheiro, ou que é necessário agendar uma visita em um espaço cultural. “Acredito que a arte deve ser acessível a todos. Tem muita gente simples que passa por ali, tem curiosidade em entrar e tocar nas peças. Há alguns anos, quando fiz outra exposição na grande galeria do Palácio das Artes, não deixei fechar os vidros e o pessoal que passava na rua ficava com o olhar curioso”, conclui.