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IBGE aponta Minas como segundo estado do país com maior sensação de segurança

Foto: Divulgação/PBH

 

Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que Minas Gerais é o segundo estado do país onde a população se sente mais segura. O levantamento levou em conta a autodeclaração de moradores sobre a sensação de segurança ou insegurança no bairro onde moram e, também, dentro de suas residências. De acordo com o estudo, 81,7% da população mineira com 15 anos ou mais se sente segura ou muito segura na sua região de moradia.

O percentual está abaixo apenas dos dados de Santa Catarina, que contabilizou 90,1% de sensação de segurança. Em terceiro lugar está o estado do Rio Grande do Sul, com 81,3%. O resultado é ainda 8,5 pontos percentuais acima da média nacional, na qual 73,2% da população declarou se sentir segura ou muito segura no bairro onde mora.

“A gente recebe com muita alegria esse resultado, que é fruto do imenso trabalho integrado de prevenção e repressão à criminalidade que desenvolvemos aqui. Há anos, Minas se destaca como um dos estados mais seguros do país, a partir da avaliação de índices objetivos, como a criminalidade violenta. Esse estudo nos coloca em destaque de novo, mas em outro patamar, muito importante, que é o da percepção que a população tem do nosso trabalho”, destacou o secretário de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco.

Quando o recorte do estudo é feito analisando a variável sensação de segurança ou insegurança dentro de casa, Minas Gerais segue em destaque e fica com a terceira posição nacional. Pela autodeclaração, 91,2% dos mineiros se sentiam seguros ou muito seguros em suas residências. O primeiro lugar nacional é de Santa Catarina (94,8%) e o segundo, Rio Grande do Sul (92,9%).

Recentemente, o Observatório de Segurança Pública da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) também divulgou um levantamento que mostrava que 98 municípios, espalhados por todo o estado, não registraram nenhum roubo, homicídio, estupro ou qualquer outro tipo de crime violento de janeiro a outubro de 2023.

 

Capital

Belo Horizonte também foi alvo do levantamento e ficou ranqueada como a segunda capital do país em sensação de segurança entre os moradores. Pela análise, 74,4% têm baixos índices de medo do crime no seu bairro de residência. A capital ficou atrás apenas de Florianópolis, em Santa Catarina, com 89,7%. Cuiabá, no Mato Grosso, fica com o terceiro lugar, com 73%.

Fabiana da Costa, moradora do Aglomerado da Serra, em BH, diz que a região melhorou bastante nos últimos anos. “Há alguns anos era mais comum termos trocas de tiros, assassinatos e até mesmo roubo, mas de um tempo para cá sinto que diminuiu. Nós temos uma sensação de segurança um pouco maior”.

A professora de sociologia, Ana Pereira, afirma que os projetos sociais que nasceram dentro da comunidade cumprem o papel de evitar que muitos jovens em vulnerabilidade social sejam atraídos pelo mundo do crime e tenham oportunidade de emprego. “Moradores com algum tipo de talento, seja no esporte, dança, entre outros, tiveram a ideia de ensinar isso para as crianças e adolescentes. E essas iniciativas evoluíram para projetos coletivos”.

Porém, Ana deixa claro que ainda há abandono do Estado ao conjunto de vilas. “Essa presença faz falta na criação de oportunidades para os jovens do Aglomerado. É preciso criar condições espaciais e sociais para que eles não vejam no tráfico uma opção de renda e de vida melhor do que o trabalho e o estudo. A demanda por ações estatais vai desde o fornecimento de serviços públicos de melhor qualidade, como transporte, até incentivar a economia local. É necessária uma polícia comunitária que trabalhe cada vez mais alinhada com a população”.