Nos últimos anos, chamou atenção de todos que participam do mercado esportivo os patrocínios e marketing investidos nos clubes brasileiros, com as marcas das empresas de apostas de jogos eletrônicos “silkados” na região da clavícula, na parte da frente ou nas costas das camisas, nos calções e nas meias, e até algumas equipes entram em campo com os jogadores com bonés com as marcas das empresas.
No futebol brasileiro, no entanto, as altas cifras não são bem uma novidade, e estima-se que o mercado na série A do país movimente quase R$ 500 milhões por ano somente com patrocínios.
O segmento de casas de apostas eletrônicas funciona, em sua maioria, no exterior, são empresas internacionais que também investem muito dinheiro em clubes estrangeiros em todos os cantos do mundo. No Brasil, as empresas são as que mais investem em patrocínios no futebol brasileiro, e já estão patrocinando equipes de vôlei, futsal, basquete, futebol americano (o da bola oval), entre outros esportes.
Os especialistas em marketing esportivo analisam que o mercado de betting (as casas de apostas eletrônicas) surgiu como um atrativo financeiro. A indústria das empresas “bet” surgiu exatamente em um momento de saída de patrocínio dos bancos ao futebol brasileiro.
O boom (expansão rápida e muito abrangente) nos clubes brasileiros foi durante a pandemia da COVID-19, que foi um período difícil de captação de recursos pelos clubes, sem público nas partidas e lojas de materiais esportivos fechadas. Com isso, as essas empresas de betting chegaram para preencher o espaço que muitos clubes tiveram com uma grande perda de receitas naquele momento.
Entre os 20 clubes da série A que disputaram o Campeonato Brasileiro este ano, somente a equipe do Palmeiras não tinha a marca da “bet” no uniforme.
Para o ano de 2024, os clubes esportivos já movimentam seus departamentos de captação, marketing e novos negócios para negociar com as empresas de jogos de apostas eletrônicos. Sem sombra de dúvidas, são as maiores patrocinadoras nas camisas das equipes e ajudam muito no planejamento orçamentário dos clubes. Muitos assinam um valor fixo com as empresas, mais bônus por classificação em campeonatos e títulos conquistados. A marca é estampada em jornais, sites, emissoras de televisão, YouTube e tudo mais que mostra a equipe e os jogos pelo Brasil e o mundo.
O mercado da bola é uma potência, mas é necessário organização dos clubes. A paixão do torcedor ultrapassa fronteiras para ele ajudar seu clube do coração.