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2025: 250 anos da gloriosa PMMG

Há muitas maneiras de comemorar. Trazer do passado a significativa contribuição que pessoas e instituições proporcionaram a uma sociedade ou à Humanidade. Sem o passado fica difícil viver o presente e projetar o futuro. Não se deve viver do passado, mas aproveitar e tirar dele experiência. O presente é luta constante. Viver não é fácil, é contencioso. Somos equilibristas nos “prazeres” que a vivência nos consome a cada movimento. Para o universo não é nada! Vistos do longínquo, passamos o limite.

Um feito! Vamos festejar os 250 anos da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG), disparadamente a melhor do Brasil. A data se refere aos primórdios de Minas que engatinhava, mas éramos a “cereja do bolo” da corte portuguesa, pela população, riqueza mineral, arte barroca e a proteção sem fronteiras com o mar. Assim se armou a inteligência lusitana. Nossas Minas Gerais “realizaram o milagre da unificação do Brasil”.

A origem da PMMG é de 9 de junho de 1775, quando o governador da capitania alterosa, Dom Antônio de Noronha, fundiu as antigas Cias de Dragões e criou o Regimento Regular de Cavalaria de Minas, tropa de mazombos (filhos da terra), ligada à corte, com a missão de guardar as minas de ouro nas regiões de Vila Rica e Mariana. Vários foram os fatores para a criação do Regimento, como a inoperância das Cias de Dragões.

Naquela época já estavam sendo incorporados brasileiros aos soldados portugueses, começando um ar de mineiralidade e brasilidade. Entre os brasileiros estava Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, que assentou praça em 1769 na guarda de Luís de Almeida Portugal Soares de Alarcão de Eça Melo e Silva Mascarenhas (Marquês de Lavradio, 11º vice-rei do Brasil). Em 1º de dezembro de 1775, Tiradentes entrou para o Regimento de Cavalaria no posto de alferes. Sobre o Patrono da PMMG e a Inconfidência, disse Waldemar de Almeida Barbosa ao Jornal do Brasil em 1964: “Os Inconfidentes foram denunciados por outras razões, e não por ser Tiradentes loquaz. Outra distorção que procuro destruir é a que afirma que Tiradentes foi figura secundária no movimento, quando ele realmente foi o principal, o líder dos Inconfidentes. Provo também que Tiradentes foi um verdadeiro gênio em todas as fases de sua vida”.

A trajetória é longa e de heroísmo. Do ano de 1775 até a criação do Corpo de Guardas Municipais Permanentes, em 12 de dezembro de 1831, por meio da Lei de 10 de outubro de 1831, autorizando a criação de corpos de guardas municipais voluntários, considerada data crucial para a Instituição, juntamente com o 9 de junho de 1775, é um passo gigante para a história da PMMG.

Nestes 250 anos, cumprimentamos a tropa mineira nas pessoas dos oficiais coronéis: Carlos Frederico Otoni Garcia (comandante-geral), Paulo Roberto Bermudes Rezende (Gabinete Militar do Governador) e Maurício José de Oliveira (estado- -maior). E na reserva: os coronéis Márcio Martins Santana, Luiz Carlos Martins e Divino Pereira de Brito. Em memória: coronéis José Ortiga, Saul Alves Martins e médico Paulo Penido, o militar que fez casas para militares.

Barbosa foi ao ponto sobre o Patrono Cívico da Nação e Patrono da PM mineira, o Tiradentes: “Minas Gerais nasceu com o destino da Liberdade, aquela Liberdade que caracterizou os primeiros povoadores de nosso território e foi sempre o apanágio dos habitantes destas montanhas”. Aquela liberdade ainda que tardia estampada na nossa bandeira.

Damos vivas e glórias à PMMG pelos seus 250 anos! Devemos cuidar bem dela, para que a segurança e a liberdade dos mineiros possam estar sempre num patamar superior.