Durante mais de 10 mil anos os cortes pesados, que ajudaram o homem a evoluir sobre a face da terra, eram feitos com machados manuais, com talhadores de pedra presos ao punho, lascando-a para produzir gumes afiados. Foi quando os dentes e as unhas dos humanos ganharam uma poderosa arma a auxiliá-los no domínio da caça e conquistar e defender territórios. Defender de quem? Conquistar de quem? Se olharmos a história do homem, uma espécie com características muito diferentes dos demais animais, vamos descobrir razões que nos fez donos e senhores de toda a terra. Nossa capacidade de adaptar aos novos ambientes vão explicar a existência de andarmos sobre duas pernas, nossos braços, nosso dedo polegar, a comunicação pela palavra, a intuição e o acumular conhecimento.
Não há como negar, somos guerreiros natos, seja na busca da sobrevivência à hostil natureza, ou para conquistar espaço e proteger o que é nosso. Buscar espaço é a necessidade de ampliar território para o nosso povo, no passado tribo, que se multiplica com o passar das gerações. Proteger nada mais é que não permitir que outros humanos nos tomem aquilo que conquistamos com o trabalho e o suor do rosto. O homem é, reafirmando, um animal como qualquer outro, necessitado de comida para a sobrevivência ou defensor do que é seu.
Quanto às armas é uma longa história que merece ser contada segundo sua evolução. À medida que o homem evolui, mais sofisticada é a sua capacidade de ataque ou defesa. Da pedra lascada, do arco e flecha, da espada, catapulta, armaduras, armas de fogo, armas químicas, bombas comuns ou nucleares, tanques e um sem fim de “aperfeiçoamento” das máquinas da morte. Nunca paramos neste processo, nunca iremos parar. Até o último combatente. E os inimigos? Como os escolhemos?
Também é secular a eleição de quem escolhemos para atacar, ou de quem defender. Alguns temas nos ajudam a compreender o quanto é sofisticada, também, esta escolha. Por exemplo, a interpretação de um mesmo livro, por leitores diferentes, como o Alcorão, onde Maomé diz que o infiel precisa ser exterminado. Uma questão da fé, ou religião. Assim como os católicos lutaram cem anos por causa do poder do Papa. A religião, a fé, é então um dos motivos. Assim como a questão política ideológica, quando os loucos que se imaginam enviados por uma divindade querem subjugar os outros povos ao seu poder, suas crenças. A expansão de um determinado território, ou sua defesa, é outro motivo recorrente que a história registra como motivo importante para as guerras. Não importa muito os motivos, o importante para o humano é estar sempre em luta, com si mesmo ou contra alguém.
Neste exato momento, e não há surpresa nisto, algumas guerras acontecem no mundo, senão vejamos: Rússia, Ucrânia, Israel, Palestina, Sírios, Afegãos, Iraque, Etiópia, Iêmen, Mianmar, Congo, Haiti, máfias, milicianos contra traficantes e a polícia do Rio de Janeiro, bandidos baianos contra a polícia e outras mais.
Titus Plautos (254-184 a.C.) usou a frase que bem definiu quem somos nós, humanos, “Lupus est homo homini, nom homo, quom qualis sit non novit”. Ou, “o homem é o lobo do homem”. Uma metáfora para dizer que somos predadores ferozes, perigosos e agressivos. Porém, “imagine all the people living for today”, como sonhou John Lennon.