Uma pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio-MG) mostrou que a presença das empresas varejistas aumentou no meio digital. Em 2022, 55,2% das empresas entrevistadas estavam no mundo on-line, enquanto neste ano, 56,7% possuem presença digital. Dessas, 35,6% também vendem pela internet. Boa parte (43,8%) trabalha com e-commerce há 5 anos ou menos, tendo 23,6% iniciado de um a dois anos, enquanto 17,5% já atuam há mais de 5 anos.
Dentre as empresas que adotaram as vendas on-line, a dificuldade com mão de obra especializada é apontada como principal desafio na gestão do e-commerce, seguido pela concorrência e pela logística. Por outro lado, mais da metade das entrevistadas dizem não ter problemas com as vendas virtuais.
Para muitos daqueles que ainda não trabalham com e-commerce, isso se deve pelo tamanho da empresa (30,3%), falta de mão de obra especializada (27,3%), além de outros motivos como falta de planejamento (9,52%) e de tempo (9,52%). Já para os estabelecimentos que não pretendem vender on-line, a preferência pelo modelo presencial foi o motivo mais recorrentemente apontado.
O levantamento aponta que o WhatsApp Business é usado por 50% das empresas que vendem pela internet. Já nas redes sociais (Instagram, Facebook e Messenger) por 85%, e em marketplaces (Mercado Livre, Magazine Luiza, Shopee e outros) por 16,3%.
O Instagram é a rede social mais utilizada, por 61,5% dessas empresas. Em segundo lugar o Facebook, com 37,6%. Embora a grande maioria faça uso das redes sociais, 56,7% não faz vendas diretamente por elas. No entanto, a maioria (52,5%) realiza. Também para vendas, a rede social mais utilizada é o Instagram, seguida do Facebook com adesão por parte de 100% e 44,7% das empresas que realizam as vendas nas redes sociais, respectivamente.
O e-commerce se torna cada vez mais uma realidade para o comércio. Essa modalidade exerce um papel importante e crescente no cenário varejista, trazendo consigo uma gama de fatores positivos, tais como um maior alcance de clientes, a conveniência, a facilidade nas compras e a pesquisa de preços, além da possibilidade de uma maior oferta de produtos, sem as limitações físicas de espaço de armazenamento.
O gestor de mídias sociais, Vinicius Lima, diz que na pandemia, muitas empresas se viram forçadas a marcar presença na internet para conseguir se manter. “Ao ter uma loja on-line e ao automatizar os processos, não existe um horário ou dia em que você não possa vender. A qualquer momento os usuários poderão acessar o seu e-commerce e fazer uma compra. Além disso, o negócio não fica limitado a um espaço geográfico”.
Ele diz que as vendas on-line são uma grande facilidade para os clientes e também uma oportunidade de ter uma melhor disseminação e maior contato com a clientela. “O processo de compra e venda pela internet nos dá a possibilidade de obter informações dos padrões de consumo, necessidades, preferências, entre outros dados dos clientes, o que ajuda a traçar um panorama para diferentes estratégias de marketing”.
Para Lima, apesar dos desafios, como falta de mão de obra especializada, envio das mercadorias, proteção contra fraudes, sistemas de segurança e grande competição, ainda sim o e-commerce é um mercado que vale o investimento. “O feedback que as empresas recebem ao entrar também no mundo virtual é muito positivo. Se já possui uma loja física, investir também no on-line apenas expandirá mais ainda os horizontes do seu negócio”.