Sobra popularidade, apesar da falta de ações concretas de Romeu Zema (Novo) em Belo Horizonte. Assim pode ser descrita a situação do governador do estado, depois da publicação de uma pesquisa do jornal O Tempo, apontando que o chefe do Executivo mineiro é mais bem avaliado do que o presidente Lula (PT), se postando na dianteira, também em relação ao prefeito da cidade, Fuad Noman (PSD).
Publicamente, não se sabe de qualquer investimento expressivo de obra ou realização do dirigente estadual em BH. Mesmo assim, segundo o levantamento do matutino, o titular do Palácio Tiradentes é bem avaliado por 61,6%, enquanto o prefeito Fuad Noman, conquistou a simpatia de 56,8% dos entrevistados.
A diferença entre ambos não é tão significativa. Na avaliação do cientista político e comentarista da Rádio Itatiaia, Malco Camargos, “o governo de Romeu Zema não é de grandes realizações, mas passa austeridade nos gastos públicos e mantém os salários em dia. Isso sustenta a avaliação positiva do governador do estado”, vaticina.
Dois pesos, duas medidas
Pessoas próximas ao prefeito Fuad Noman dizem que o salário dos funcionários e todos os compromissos financeiros também estão rigorosamente em ordem na capital mineira. Além disso, no momento existem vários projetos que visam turbinar o segmento da saúde e da educação, com obras de infraestrutura espalhadas por diversos bairros.
Para matemáticos da política mineira, seria conveniente ressaltar que o governador mineiro está no cargo há 5 anos, enquanto o prefeito tem um tempo bem menor à frente da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Por isso, não foi possível a população assimilar as realizações do dirigente. “Mas, é uma questão de tempo para reverter essa situação”, apontam amigos do prefeito.
No último trimestre, foram realizadas pesquisas por diferentes instituições apontando que o titular da PBH não é conhecido, na mesma proporção da avaliação positiva da administração. Pode se dizer que o fato de não ser tão popular em todos os rincões do município, facilita a vertente da sua possível incursão eleitoral, pois ao se traduzir os números, fica demonstrado uma baixa rejeição dele como político.
Quanto a popularidade do governador Romeu Zema, por enquanto não pode ser mensurada, quando se diz respeito ao pleito do próximo ano, até porque, não se sabe quem ele vai apoiar. Atualmente, os nomes à procura dele são o deputado Bruno Engler (PL), o jornalista Eduardo Costa (Cidadania), o senador Carlos Viana (Podemos) e o presidente da Câmara de BH, Gabriel Azevedo. Ao se definir por um desses nomes, os preteridos nesse projeto podem tomar rumos diferentes.
Outro registro a ser feito, a partir dos números da sondagem do jornal O Tempo, é que o PT tem a legenda mais popular da cidade, com 27%, de acordo com o DataTempo. Isso significa que, no cenário do momento, se o prefeito Fuad Noman fizer uma aliança com a esquerda, pode se tornar preponderante como pré-candidato à reeleição.
