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Ordem de Brasília é evitar o crescimento político de Aécio

Aécio Neves vai enfrentar a ira do PT nacional e nome de Clésio Andrade já circula no meio político / Fotos: Pedro Ladeira/Folhapress e Júlio Fernandes/CNT

Se a eleição ao governo de Minas fosse neste mês de agosto, o cenário político poderia ter como protagonistas, o atual vice-governador Mateus Simões (Novo), o ex-senador Clésio Andrade, o deputado federal Aécio Neves (PSDB) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). Este último, ao longo deste ano, tem conquistado cada vez mais espaço no cenário nacional. O parlamentar evita falar a respeito de seu futuro, mas quem é de Minas Gerais sabe que esse seu modo discreto pode ser apenas a confirmação de um estilo de fazer política.

Pacheco é um dos nomes com mais destaque na imprensa brasileira, devido as suas ações como dirigente do Congresso Nacional. E, em determinado momento, essa mídia espontânea pode fazer toda a diferença, quando houver projetos específicos, como uma eventual disputa ao governo do estado.

Semana passada, antigos emedebistas, sendo que alguns deles estão atualmente abrigados em siglas partidárias diferentes, compartilharam informações relativas ao movimento visando um possível retorno do ex-senador e empresário Clésio Andrade ao eixo da política majoritária. Ainda não se cogita qual seria a sua pretensão, mas giraria em torno do governo do estado ou até mesmo uma das duas vagas ao Senado no pleito de 2026.

Clésio Andrade, tido como um dos líderes do segmento de transportes no Brasil, não está filiado a qualquer partido político. De acordo com informações de bastidores, a sua reinserção ao movimento político estadual estaria atendendo também a uma orientação de Brasília, visto que o mineiro tem bom trânsito junto ao Palácio do Planalto.

Aécio X PT

Recentemente, em Brasília, o ex-governador e atual deputado federal, Aécio Neves, já teria se reunido com alguns correligionários e amigos mais próximos para iniciar uma estratégia, cuja finalidade diz respeito ao seu projeto de disputar o governo do estado, muito embora essa sua tese ainda não tenha conquistado apoios significativos.

Contudo, na semana anterior, quando esse assunto bateu à mesa da presidente do PT nacional, Gleisi Hoffmann, provocou uma onda de preocupações perante o meandro político do governo federal. Aécio Neves, como se sabe, foi contra a eleição do presidente Lula (PT) e, no plenário da Câmara Federal, tem sido um parlamentar crítico da atual administração.

Sendo assim, a ordem é tentar barrar um possível crescimento do nome de Aécio em Minas, pois isso iria desencorajá-lo a disputar o governo do estado. Deve ser por conta dessa realidade que o presidente Lula foi incentivado a iniciar imediatamente visitas ao estado, até porque, quando de sua eleição, foi majoritário por aqui nos dois turnos.